MONTEVIDÉU (Reuters) - O presidente da Bolívia, Evo Morales, acusou nesta quinta-feira os Estados Unidos de conspirar para provocar uma crise política na Venezuela, onde os protestos aumentaram nas últimas semanas.
Durante uma visita oficial ao Uruguai, Morales insistiu na necessidade de apoiar o governo de Nicolás Maduro porque foi eleito nas urnas.
"É uma conspiração, uma conspiração dos Estados Unidos... e vamos defender as democracias da América Latina", disse o mandatário a jornalistas em Montevidéu.
Morales denunciou uma "agressão política, econômica e até agressão judicial" dos EUA contra países sul-americanos.
"E o que a Venezuela vive faz parte disso, a agressão permanente, e não aceitamos a intromissão do governo dos EUA pelo chefe do Departamento de Estado (John Kerry)."
O secretário responsável pela diplomacia norte-americana lamentou publicamente os conflitos vistos em Caracas e criticou a detenção do prefeito Antonio Ledezma, de oposição.
Desde o início de fevereiro, alguns venezuelanos reativaram alguns focos de protestos contra a inflação elevada, o desabastecimento de produtos básicos, o crime desenfreado e o que consideram uma repressão das forças de segurança.
O presidente do Uruguai, José Mujica, disse estar preocupado com a falta de respeito à Constituição venezuelana e que teme um golpe de Estado, em entrevista a um jornal local. (Reportagem de Malena Castaldi)
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