No apagar das luzes de 2014, o governo federal decidiu mudar as regras do financiamento do ensino superior, uma das bandeiras de campanha do PT, sem justificativa, sem negociação com os estudantes ou com as instituições de ensino envolvidas.
As novas regras estabelecidas pelo Ministério da Educação para o Fies prevêem que o subsídio estatal será concedido apenas aos alunos que obtiverem uma nota mínima de 450 e que não tirem zero na redação no Enem. Além disso, o governo alterou os pagamentos para as universidades estabelecendo um intervalo mínimo de 45 dias, feitos mensalmente anteriormente. Com isso, ao final do ano, essa instituições terão recebido o pagamento das mensalidades apenas de janeiro a julho. As demais serão reembolsadas somente em 2016!
A irresponsabilidade do governo é tamanha que não deixou tempo hábil para que os estudantes pudessem se preparar, ou seja, as regras foram mudadas no meio do jogo prejudicando milhares de jovens, que não sabem se vão conseguir efetivar as matrículas, e promovendo um verdadeiro calote às universidades.
Para piorar a situação, o site do Ministério da Educação (MEC) ficou dias fora do ar impossibilitando que os estudantes pudessem solicitar a renovação dos contratos. Muitos dos alunos que ficarão de fora do Fies são de baixa renda. Até o momento apenas os estudantes com contratos já existentes podem solicitar o aditamento. Novos alunos terão de esperar pela boa vontade do MEC.
Em tão pouco tempo o governo Dilma trai novamente o seu eleitor descumprindo mais uma promessa de campanha! Uma bandeira forte do marketing do PT, que era não mexer NUNCA nos programas sociais.
Apesar de ter negado durante meses, todos sabíamos da necessidade de um ajuste fiscal num governo irresponsável, que gasta além dos limites e ainda que gasta mal. Mas por que não começar os cortes no próprio Executivo, excluindo ministérios, cortando cargos, diminuindo o orçamento?
Não, o governo da "Pátria Educadora" optou por cortar o efetivo para a Educação: foi justamente o ministério que mais sofreu cortes no seu orçamento.
Fica a pergunta: isso pode, Dilma?
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