Foto: Agência Senado
Presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL)
Principal fiador da aprovação da mudança da meta fiscal, o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), apresentou nesta quinta-feira, 11, à presidente Dilma Rousseff a “fatura” do PMDB do Senado na reforma ministerial para o próximo mandato da petista. Em conversa privada no início da noite, Renan defendeu que a bancada seja contemplada com dois ministérios de peso político. São cobiçadas pelo PMDB do Senado pastas como Minas e Energia, Cidades, Integração Nacional, Transportes e Turismo. Os principais candidatos são os senadores Eduardo Braga (AM), no caso de Minas e Energia, e Eunício Oliveira (CE), se Dilma decidir entregar a Integração Nacional. Além de pleitear dois desses ministérios, a bancada aceitou o pedido da presidente de considerar a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), uma neófita na legenda, como uma terceira nomeação na cota do Senado. Na conversa, segundo relatos de cinco integrantes do PMDB ao Broadcast Político, Renan não apresentou a Dilma uma “lista” de ministeriáveis; ele apenas reafirmou que os senadores peemedebistas vão continuar apoiando Dilma em 2015. A avaliação de integrantes da cúpula da Câmara e do Senado é que as pastas que serão entregues precisam ter capilaridade e dar condições para que seus titulares tenham independência de atuação. Isso vale para a articulação com o Legislativo e também para a nomeação de cargos de escalão inferior dos ministérios, a chamada “porteira fechada”. A expectativa era de que a presidente anunciasse a participação do PMDB na Esplanada dos Ministérios nesta semana, depois da aprovação do projeto que alterou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deste ano e permitiu, na prática, o abandono do cumprimento da meta de superávit primário (a economia que o governo faz para o pagamento dos serviços da dívida pública). O PMDB, dono da maior bancada no Senado e da segunda mais numerosa na Câmara, foi quem garantiu a votação da proposta em tempo exíguo. Ricardo Della Coletta e Ricardo Brito, Estadão Conteúdo
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