A maior parte da população brasileira é contra a venda de maconha para uso medicinal, de acordo com pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (29). Enquanto 56% dos brasileiros afirmam que são contra a venda da maconha para uso medicinal, 50% aprovam a liberação de remédios derivados da droga. A pesquisa foi encomendada pelo Instituto de Ciências Tecnológicas e Qualidade Industrial (ICTQ) e ganhou destaque no início do ano, quando famílias conseguiram autorização para importação do canabidiol (CBD). A substância, derivada da maconha, tem sido usada contra casos graves de epilepsia e, segundo a Folha de S. Paulo, 184 pedidos de importação já foram liberados pela Anvisa. O apoio à liberação da maconha aumenta conforme a escolaridade e o nível socioeconômico. "Os que têm mais acesso à informação estão mais cientes do debate nacional e internacional e tendem a ser mais liberais", diz Marcus Vinicius Andrade, diretor-executivo do ICTQ. Em outubro, o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) autorizou os médicos a prescrever o canabidiol, mas reiterou que não incentiva o uso da maconha de forma recreativa ou medicinal. "Estamos falando de um componente que pode ser isolado ou sintetizado por métodos confiáveis e que não causa efeitos alucinógenos", explica Mauro Aranha, coordenador da Câmara Técnica de Psiquiatria da Cremesp. BN
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