O interesse de treineiros em fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) tem crescido nos últimos anos por uma razão principal: a consolidação da prova como forma de ingresso às universidades federais. Não é à toa que 1.446.032 pessoas farão o exame em 2014 na modalidade. Elas correspondem a 16,5% dos mais de 8,7 milhões de inscritos, segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Cada vez mais, a busca por treinamento para que o estudante identifique e corrija os erros antes do momento oficial faz com que alunos se preparem para a prova antes mesmo de concluírem o ensino médio. Para os treineiros, a intimidade que se cria com o estilo das questões, o tempo de prova e a estrutura da redação podem ser fundamentais no grande dia.
O professor do Instituto de Letras da Universidade de Brasília (IL/UnB) Tiago Pires acredita que a prática do exame, que coloca o aluno na perspectiva competitiva ao lado de outros candidatos com interesses em comum, é positiva. Segundo ele, a prova prepara o aluno em diversos níveis. “Não adianta estudar apenas duas horas diárias se o teste é extensivo. Ao mesmo tempo, dedicar-se excessivamente pode prejudicar o aproveitamento do treineiro”, diz.
Rafael Riemma, professor de português do Colégio Galois, acredita que os treineiros obtêm um diagnóstico acadêmico por meio do exame. “A partir do desempenho na prova, você consegue identificar falhas e até alguns acertos, nos casos de chute. Assim, o aluno se dá conta do conteúdo em que tem deficiência. Tanto as questões marcadas corretamente por meio de chute quanto as equivocadas merecem atenção.” Aos candidatos de primeira viagem, o mestre dá algumas dicas: “O aluno precisa se atentar aos procedimentos de aplicação da avaliação, ao preenchimento do cartão de respostas e até à melhor forma de passar a limpo o rascunho da redação”.
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