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quarta-feira, 27 de agosto de 2014

“O liberalismo nos desfigurou”

Sentença corrente diz que a pior artimanha do demônio é fazer crer que ele não existe. Isso o deixa de mãos livres para agir sem ser receado.

Algo semelhante se passa com o conceito de mal. Há séculos, o liberalismo moral vem inculcando a falsa ideia de que o mal não existe, e, portanto, não há pessoas más. Há apenas enganos, falhas, erros, nunca um ato é feito por maldade.

Tal ideia deforma profundamente as almas e as faz imergir num sentimentalismo doentio, segundo o qual o criminoso é sempre um coitado, digno de pena e jamais de castigo. As prisões só são admitidas para “reeducar”, nunca para punir. A consequência desse estado de espírito enfermiço é que o mal avança a galope, toma conta das instituições, dos costumes e até das leis.

Ao relatar a Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, e em consequência o pecado imenso perpetrado contra Aquele que só fazia o bem, Plinio Corrêa de Oliveira comenta:

“Toda a História do mundo, toda a História da Igreja não é senão esta luta inexorável entre os que são de Deus e os que são do demônio, entre os que são da Virgem e os que são da serpente. Luta na qual não há apenas equívoco da inteligência, nem só fraqueza, mas também maldade — maldade deliberada, culpada, pecaminosa — nas hostes angélicas e humanas que seguem a Satanás.

Eis o que precisa ser dito, comentado, lembrado, acentuado, proclamado, e mais uma vez lembrado aos pés da Cruz. Pois que somos tais, e o liberalismo a tal ponto nos desfigurou, que estamos sempre propensos a esquecer este aspecto imprescindível da Paixão. Conhecia-o bem a Virgem das Virgens, a Mãe de todas as dores, que junto de seu Filho participava da Paixão” (Via Sacra,Catolicismo, março/1951).
(*) Gregorio Vivanco Lopes é advogado e colaborador da ABIM 

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