Em época de eleição desfilam às nossas portas rebanhos de cordeirinhos desmamados choramingando votos, só que quando estão exercendo mandatos se esquecem de suas obrigações, só pensam na reeleição ou em disputar outros pleitos, como estão operando, por exemplo, os senadores Wellington Dias (PT-PI), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Roberto Requião (PMDB-PR), Ana Amélia (PP-RS), Delcídio Amaral (PT-MS), Ângela Portela (PT-RR), Cássio Cunha (PSDB-PB), Eduardo Braga (PMDB-AM), Eunício Oliveira (PMDB-CE), Lídice da Mata (PSB-BA), Lindbergh Farias (PT-RJ), Marcelo Crivella (PRB-RJ), Paulo Bauer (PSDB-SC), Pedro Taques (PDT-MT), Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), Vital do Rêgo (PMDB-PB), ambos com vigência senatorial até 2019.
Preliminarmente, cabe observar que o desvio de função legislativa para assumir cargos nos governos ou para disputar novos pleitos em plena vigência de mandato, é uma das marcas registradas do político brasileiro oportunista, sem moral e ética pública, pois deixa de cumprir com lealdade o mandato outorgado pelo eleitor.
Sabe-se, contudo, que os políticos solertes, imorais e descompromissados com o eleitor pouco se importam com as suas condutas indignas. Trocam de partidos e descumprem o mandato com a maior cara de pau, mas em época de eleição aparecem para bajular a sociedade.
Infelizmente e para gáudio dos políticos e candidatos, o voto obrigatório (imoral), trocado por qualquer promessa e dinheiro, é um dos responsáveis pelo patético panorama da política nacional, repleto de parlamentares incompetentes, corruptos, gazeteiros, enganadores de eleitores e mais interessados nas benesses públicas. Certa feita o jornal Espanhol El País escreveu que ser político no Brasil é uma grande sorte, tantas são as vantagens auferidas.
Eleitores, não reelejam ninguém e nem elejam para governadores políticos que estejam em curso de mandato até 2019. Ademais, temos que combater também os políticos de relativa seriedade com a coisa pública. Vejam, os senadores supramencionados e outros, inclusive ex-senadores, dispõem no Senado de plano de saúde gratuito, pago pelos contribuintes, para si e sua família, de forma perene, uma imoralidade a que eles jamais se opuseram, e que muitos brasileiros desconhecem. Assim, não se pode abonar uma candidatura de quem não seja absolutamente sério.
Júlio César Cardoso
Bacharel em Direito e servidor federal aposentado
Balneário Camboriú-SC
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