Da redação ac24horas/Com informações do Estadão
O abrigo criado em São Paulo para receber os imigrantes haitianos que saíram do Acre está superlotado e será fechado. É o que diz a matéria do jornal O Estado de São Paulo. O espaço, no Glicério, na região central, alugado pela Prefeitura está com o dobro de hóspedes de sua capacidade.
Sem capacidade, os novos imigrantes passaram a ser recusados nesta semana. Segundo a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, o local tem capacidade para 150 pessoas, mas, abriga 301 imigrantes – a grande maioria haitianos.
“Quando cheguei, no dia 13 de junho, ainda tinha cama, mas agora muita gente nova chegou e eu estou dormindo em um colchão no chão em um dos quartos”, conta o professor haitiano Wilguens Pierre, de 32 anos.
Na Casa do Migrante, espaço na mesma rua administrado pela Missão Paz, da Igreja Católica, os 110 leitos também estão ocupados, o que faz com que os imigrantes tenham à disposição apenas os abrigos comuns da Prefeitura.
Desde o início do ano, 2.461 haitianos já passaram pelo local em busca de auxílio para a emissão de carteira de trabalho. Mais da metade deles (1.363) conseguiu emprego.
Ônibus vindos do Acre com grupos de haitianos continuam chegando a São Paulo semanalmente. Segundo alguns haitianos ouvidos pelo Estado, a passagem é paga pelo governo do Acre. A assessoria de imprensa local não se pronunciou.
Mesmo lotado, o abrigo provisório terá de ser fechado no próximo dia 28, quando vence o contrato de aluguel feito entre a Prefeitura e o dono do terreno. A administração municipal promete abrir entre agosto e setembro um centro permanente para acolher imigrantes.
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