Pelo menos 15 pessoas morreram neste sábado no Iraque, a apenas quatro dias das primeiras eleições gerais desde a saída das tropas americanas do país em 2011, informaram fontes médicas e de segurança.
No norte de Bagdá, na província de Saladino, um grupo de agressores matou quatro policiais a tiros e detonou bombas em dois colégios eleitorais.
Um conselheiro provincial e dois guardas morreram nas mãos de insurgentes nessa mesma província.
Outras três pessoas morreram em um atentado a bomba contra um café no centro de Bagdá, e quatro foram assassinadas em diferentes ataques na periferia da capital.
Pelo menos dois desses homicídios são, de acordo com um oficial de polícia, atos de vingança por um atentado cometido na véspera contra um comício em Bagdá de um partido xiita. No ataque, morreram 36 pessoas.
A autoria do atentado foi reivindicada pelo grupo sunita ultrarradical Estado Islâmico no Iraque e Levante (EIIL).
O duplo atentado, que também deixou dezenas de feridos, aconteceu por volta das 17h30 de sexta-feira (11h30 de Brasília) durante o comício do braço político da milícia Asaib Ahel al Haq, informou o Ministério do Interior.
De acordo com uma fonte do Ministério, o chefe do Partido dos Cidadãos, organização considerada próxima do regime iraniano, participava do evento, assim como o líder da milícia xiita em questão, Qais al Khazali.
Suspeita-se que a milícia, conhecida como "A Liga dos Virtuosos", esteja vinculada a grupos que enfrentam os rebeldes na Síria.
O EIIL, que luta contra o regime do presidente sírio, Bashar al-Assad, declarou em um comunicado que o atentado era em retaliação "ao que as milícias fazem no Iraque e na Síria: matar e torturar os sunitas". AFP - Agence France-Presse
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