Por Adriano Gianturco*, Espaço Vital
O debate sobre Copa do Mundo e Olimpíadas parece ser muito apaixonado, polarizado e politizado. Mas o que fala o mundo acadêmico, a economia e a ciência política sobre a hospedagem dos grandes eventos esportivos e sua gestão política? Os recursos gastos não são dos decisores, então o mecanismo de incentivos é perverso. A decisão de organizar uma Copa do Mundo é tomada entre políticos, técnicos, lobistas e burocratas e como todas as decisões políticas é uma imposição.
Os impostos são pagos principalmente pela classe média e os lucros vão para o big business da construção civil, para a classe política e para os burocratas envolvidos, constituindo assim uma redistribuição regressiva em favor dos mais ricos. Isso claramente é uma distorção da economia, das relações da sociedade e das suas exigências.
A maioria das análises de impacto só observa custos enfrentados e situação econômica futura. Uma análise de custos-benefícios mais atenta avaliaria o custo de oportunidade desse gasto e de alternativas talvez mais produtivas.
Surpreso que o custo atual superou o prefixado? Seria falta de planejamento? Ou planejamento demais? Continue lendo… 'Mais perdas do que ganhos com a Copa'»
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