Três dos principais organizadores dos “rolezinhos” se filiaram à União da Juventude Socialista (UJS), entidade que representa a juventude do PC do B e dirige a União Nacional dos Estudantes (UNE). Com isso, os encontros marcados pela internet por jovens da periferia, em shoppings de São Paulo – e que também acontecem em outras partes do país – pode ganhar contornos políticos. O contato entre os jovens e a UJS foi feito pelo secretário de Igualdade Racial da prefeitura paulistana, Netinho de Paula, que integra o partido. O prefeito da capital paulista, Fernando Haddad (PT), havia solicitado que o secretário negociasse um acordo entre os "rolezeiros" e os comerciantes que desaprovam o movimento. A filiação do trio ocorreu, nesta quarta-feira (29), durante o seminário nacional de formação política da UJS. Para a presidente da UJS de São Paulo, Camila Lima, a entrada dos jovens reforça a atuação do grupo na periferia. Contudo, o principal líder dos "rolezeiros" demonstrou espanto ao ser informado pela reportagem do Estadão que a entidade a qual se filiou é ligada a um partido político. "Eu não sabia que era um grupo político. Eles disseram que a UJS é um grupo de amigos e que ela não tem nada a ver com partido. Se tiver, eu vou me afastar", disse o estudante Vinicius Andrade, de 17 anos, morador do Capão Redondo, zona sul de São Paulo. Com quase cem mil seguidores no Facebook, ele afirma que os polêmicos encontros não são para fazer política e sim para curtir. BN
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