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sábado, 4 de janeiro de 2014

Carlos Chagas denuncia desmonte dos processos do Mensalão no STF

Lewandowski, à direita, assumirá em seguida a presidência do STF. Ele quer comandar a revisão do julgamento do Mensalão e absolver os mensaleiros do PT.

Sob o título "A luz que se apaga e a escuridão que se aproxima", o jornalista Carlos Chagas, que escreve para a versão digital da Tribuna da Imprensa, avisa que amigos seus, chegados ao presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, informam: ele pedirá aposentadoria antes de ser sucedido, em abril do próximo ano, pelo ministro Ricardo Lewandowski, na direção maior do Poder Judiciário. Motivo: o desmonte do mensalão, que começará logo depois da mudança na presidência da mais alta corte nacional de Justiça. Leia tudo:

Como? Através de manobra já engendrada pelo PT e pelos advogados dos mensaleiros, com a aquiescência de Lewadowski, que permitirá a REVISÃO dos processos onde foram condenados 25 implicados num dos maiores escândalos da história da República. Estaria tudo coordenado, apenas aguardando a mudança da guarda. Apesar de a revisão de processos constituir-se em exceção na vida dos tribunais, pois acontece apenas com o surgimento de fatos novos no histórico das condenações, já estariam em fase de elaboração os recursos de quase todos os hoje condenados, a cargo de advogados regiamente remunerados, junto com outros ideologicamente afinados com o poder reinante.

. Nada aconteceria à margem de discussões e entreveros jurídicos, mas a conspiração atinge a composição atual do Supremo Tribunal Federal. E a futura, também. 

. O término do mandato de Joaquim Barbosa na presidência da Corte Suprema marcaria a abertura das comportas para a libertação dos criminosos postos atrás das grades e daqueles que se encaminham para lá.

. Joaquim Barbosa não estaria disposto a assistir tamanha reviravolta, muito menos a ser voto vencido diante dela. Assim, prepara seu desembarque. Pelo que se ouve, não haverá hipótese de mudar a decisão já tomada, mesmo ignorando-se se aceitará ou não transmudar-se para a política e aceitar algum convite para candidatar-se às eleições de outubro. Tem até abril para decidir, apesar das múltiplas sondagens recebidas de diversos partidos para disputar a presidência da República.

. A informação mostra como são efêmeros os caminhos da vida pública. Até agora vencedor inconteste na luta contra a corrupção, reconhecido nacionalmente, Joaquim Barbosa pressente a curva no caminho, não propriamente dele, mas dos mesmos de sempre, aqueles que conseguem fazer prevalecer a impunidade sempre que não se trata de punir ladrões de galinha.

. Afinal, alguns meses de cadeia podem machucar, mas se logo depois forem revogados através de revisões patrocinadas pelas estruturas jurídicas postas a serviço das elites, terão passado como simples pesadelos desfeitos ao amanhecer. Não faltarão vozes para transformar bandidos em heróis. 

. A reação do ainda presidente do Supremo de aposentar-se ficará como mais um protesto da luz que se apaga contra a escuridão que se aproxima.por Polibio Braga

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