Os gastos com pagamento de pessoal são um fardo cada vez mais pesado para a maioria dos governos estaduais. Nos últimos três anos, nada menos que 22 das 27 unidades da Federação ampliaram a parcela da receita comprometida com salários de servidores ativos e aposentados. Em termos práticos, isso se traduz em menos investimentos e contas mais engessadas. Na média, a receita estadual cresceu 16% acima da inflação entre 2010 e 2013 e apenas três governadores tiveram perda de recursos. Em 19 Estados, o crescimento real da receita no período foi superior a 10%. No entanto, os gastos com pessoal nas 27 unidades cresceram 36% em termos reais desde 2010. No governo federal, o aumento foi de apenas 3%. O governo de Tocantins, por exemplo, recebe hoje 15% a mais em impostos e transferências do que há três anos; o que não o impediu de bater no teto de gastos estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (49% da receita corrente líquida) e entrar no clube que, até 2010, era integrado apenas por Paraíba e Rio Grande do Norte. Outros seis governos ainda não chegaram ao teto, mas já ultrapassaram o chamado "limite prudencial". São eles Paraná, Sergipe, Acre, Santa Catarina, Pará e Alagoas. Apenas o Executivo alagoano estava na lista há três anos.por Daniel Bramatti | Agência Estado
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