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Em texto publicado no site de O Globo nesse domingo, 27, a jornalista Miriam Leitão falou sobre as manifestações e a violência contra a imprensa. Segundo ela, falta ao país entender o momento. "Todos temos dever de casa para fazer. Os jornais precisam refletir mais sobre o novo cenário, ouvindo as diversas vozes, iluminando o que está confuso. Além de treinar seus profissionais e protegê-los nesse tempo em que eles vão buscar informação e viram alvo duplo. A Polícia tem que usar inteligência para saber de onde vem e quem são de fato os que escolheram usar métodos violentos. As autoridades têm que parar de lavar as mãos. Está na hora de terem noção do risco que todos corremos", disse.
As agressões contra a imprensa motivaram o texto de Miriam, entre elas a recente ofensa contra Tatiana Farah, que trabalha no mesmo veículo. Ela foi atingida por dois tiros de borracha e apanhou de policiais militares. A repórter ainda está "de licença médica, com hematomas das agressões a bala de borracha e cassetete. O caso dela foi um ataque, como os outros, totalmente desprovido de sentido". De acordo com as informações, Tatiana disse ser jornalista, mas mesmo assim o policial a agrediu.
Miriam comenta que tem escutado relatos de outros profissionais e são semelhantes aos de Tatiana. "A polícia ignora a identificação, ataca manifestantes indiscriminadamente. Tem usado métodos inaceitáveis. Os repórteres têm enfrentado também a hostilidade irracional e inaceitável de manifestantes. Mas há duas diferenças: o número dos repórteres atingidos pela polícia é maior". Para a colunista de O Globo, é “obrigação da boa imprensa olhar criticamente para si mesma e aperfeiçoar seu trabalho. O repórter é apenas o mensageiro e o país precisa muito entender a mensagem desse tempo de ruas tão confusas".
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