Quase 1200 leitos de internação hospitalar foram desativados no Maranhão do ano de 2010 pra cá. Foi a maior perda de vagas de internações no Sistema Único de Saúde (SUS) registrada no Nordeste. Com isso, hospitais públicos de todo o Estado não conseguem atender a demanda, e muitos pacientes são internados em condições precárias.
Um claro exemplo está no Hospital Clementino Moura, o Socorrão 2, um dos principais hospitais de urgência e emergência de São Luís. Os pacientes chegam a todo o momento, mas boa parte vem de outros municípios do Estado. Sem vagas nas enfermarias, muitos são internados nos corredores, em cima de máquinas.
Para conseguir leitos de internação nos hospitais, os pacientes estão cada vez mais procurando a Justiça. E o principal caminho para conseguir atendimento tem sido a Defensoria Pública ou o Ministério Público. “Há uma média entre 45 e 50 pessoas a cada mês aqui na promotoria. A gente tem conseguido atender, mas na verdade isso é um problema de gerenciamento de saúde, que não deveria acontecer. O que nós temos no Maranhão é realmente preocupante, com pouco mais de seis milhões de habitantes, nós temos uma média de 380 pessoas concorrendo, ‘brigando’, buscando atendimento em um leito disponível”, disse a promotora de Justiça Glória Mafra, titular da 2ª Promotoria de Justiça Especializada na Defesa da Saúde da capital.
De acordo com os dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde, nos últimos três anos e meio, mais de 13 mil leitos foram desativados no país pelo SUS. E o Maranhão foi o estado nordestino que perdeu o maior número de vagas: 1.181 leitos.
“Houve na verdade uma redução de 15% em todo o país. É uma conta que não fecha. Que situação nós temos, quando se trata de assistência, de cobertura, quando se reduz leitos e a atenção básica e primária não funciona?”, acrescentou a promotora. Fonte: Com informações de G1 / MA
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