O novo ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado, disse que a decisão sobre o futuro do senador boliviano Roger Pinto Molina está nas mãos da presidenta Dilma Rousseff. Ele disse que não tem informações sobre pedidos de extradição ou devolução do parlamentar para a Bolívia.
“Quem conduz essa questão é a presidenta Dilma e portanto será feito o que ela determinar. Os dois governos [da Bolívia e do Brasil] estão em contato permanente. Portanto, não é uma crise com a Bolívia em si. Há conversas em curso e será feito o que a presidenta determinar”, disse o chanceler, na primeira entrevista coletiva depois de tomar posse no Ministério das Relações Exteriores.
Figueiredo negou a existência de uma crise entre o Brasil e a Bolívia deflagrada pela retirada de Pinto Molina da embaixada brasileiras em La Paz (capital boliviana). O chanceler contou ter conversado de forma amistosa com o embaixador da Bolívia no Brasil, Jerjes Justiniano Talavera, na cerimônia de posse hoje pela manhã.
Cauteloso, o chanceler disse que não vai se manifestar sobre a ação, organizada pelo encarregado de Negócio dos Brasil na Bolívia, Eduardo Saboia, para retirar Pinto Molina, que ficou 455 dias abrigado na embaixada brasileira. Ele disse que aguardará o resultado da investigação em curso na comissão de sindicância do ministério.
“Não é que eu não tenha opinião [sobre o assunto]. Eu tenho”, ressaltou Figueiredo, que no discurso, defendeu o respeito à hierarquia.
Figueiredo disse ainda que o embaixador Marcel Biato, que antecedeu Saboia e teve sua nomeação para a Suécia retirada pela presidenta da República, já foi informado de que terá de retornar a Brasília. O chanceler disse conversou com Biato informando sobre as novas orientações.
Nenhum comentário:
Postar um comentário