Duas empresas que oferecem remuneração em troca de propaganda do tipo “boca a boca” na internet ou recrutamento de outros colaboradores estão na mira da investigação do Ministério Público Estadual (MPE-MS). A 25ª Promotoria de Justiça instaurou Procedimento Preparatório contra as empresas Ympactus Comercial, conhecida pelo nome fantasia de TelexFree, e Multiclik Brasil.
O procedimento irá apurar “irregularidades quanto à eventual prática de pirâmide financeira”, que é considerada crime contra a economia popular. O esquema funciona como uma pirâmide, onde os novos associados geram rendas para os primeiros, que estão no topo da cadeia.
A Telexfree ganhou popularidade nas redes sociais com a promessa de dinheiro rápido sem exigir muito trabalho. O divulgador ganhava fazendo postagens de propaganda e agregando novos associados – mesmo procedimento adotado pela Multiclik.
A atividade despertou a suspeita de órgãos responsáveis e em março a Secretaria de Assuntos Econômicos (Seae) do Ministério da Fazenda pediu que a Polícia Federal e o Ministério Público Federal investiguem a TelexFree por suspeita de pirâmide financeira. Ao menos sete ministérios públicos também instauraram procedimentos de investigação.
Em Mato Grosso do Sul, o promotor Antônio André David Medeiros abriu o procedimento de investigação nessa semana. Se forem encontrados indícios que comprovem o crime, o MPE pode instaurar inquérito civil contra as duas empresas.
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