(Reuters) - A principal autoridade de direitos humanos da ONU pediu nesta quarta-feira às potências mundiais para não fornecerem armas à Síria e pressionarem ambos os lados na guerra civil a encontrarem uma solução política, para evitar mais massacres e ameaças à estabilidade regional.
"Se a situação atual persistir, ou se deteriorar ainda mais, o aumento da massacres intercomunais são uma certeza, ao invés de um risco", disse Navi Pillay, dirigindo-se a um debate de urgência no Conselho de Direitos Humanos da ONU, nesta quarta-feira.
"A mensagem de todos nós deve ser a mesma: não vamos apoiar este conflito com armas, munições, política ou religião", disse ela ao fórum de 47 membros, em Genebra.
Pillay falou depois que a União Europeia decidiu deixar expirar um embargo de armas da União Europeia à Síria, e após a Rússia dizer que vai entregar um avançado sistema de defesa aérea S-300 para o governo de Damasco, apesar de objeções dos EUA, França e Israel.
França e Grã-Bretanha, as mais fortes potências militares da UE e os mais ardentes defensores da derrubada do embargo de armas, disseram que ainda não decidiram armar rebeldes os sírios, mas querem colocar Assad --que conta com o apoio russo-- sob pressão para negociar.
O chanceler russo, Sergei Lavrov, criticou a proposta de resolução apoiada pelos Estados Unidos perante o Conselho condenando o governo sírio, dizendo que era "odiosa" e prejudicaria os esforços para convocar uma conferência internacional de paz.
O embaixador sírio Faysal Khabbaz Hamoui condenou a sessão do Conselho, assim como Catar e Turquia, acusando-os de serem "grandes envolvidos no derramamento de sangue na Síria", ajudando a "recrutar extremistas jihadistas" de mais de 40 países.
O projeto de resolução foi "tendencioso e politicamente motivado", disse ele, acrescentando: "Está longe de ser a verdade."
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