A Bahia já contabilizou 152 casos de ataques criminosos contra agências bancárias e caixas eletrônicos entre os meses de janeiro e novembro deste ano. Os dados foram divulgados pelo Sindicato dos Bancários nesta quinta-feira (29). Entre as ocorrências estão explosões em caixas eletrônicos (34); assaltos (49) e arrombamentos (48). Somente em novembro, foram contabilizados 20 crimes contra instituições financeiras fora de Salvador. Na capital baiana, foram registrados 29 casos este ano. Para o coordenador do Grupo Avançado de Repressão a Crimes Contra Instituições Financeiras (Garcif), Daniel Pinheiro, o ataque a agências bancárias no interior se deve à fragilidade das unidades instaladas nas cidades, que não contam com um sistema de segurança adequado. Segundo ele, o número alto de ataques está relacionado ainda com a sensação de impunidade por parte dos criminosos. “Nós temos hoje no Brasil uma lei penal muito fraca em relação a esse crime. O bandido de hoje tem o perfil reincidente. Eles não ficam no presídio. Com certeza, essas quadrilhas vão encontrar pessoas que já tem quatro, cinco pessoas com processos”, afirma em entrevista ao Correio. De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) a segurança dos funcionários e clientes é uma preocupação central dos bancos e que realiza com frequência investimentos em tecnologia. A Federação informou que as instituições são obrigados a submeter à Polícia Federal um plano de segurança para que possam funcionar e que os assaltos diminuíram 83%,de 1.903 no ano 2000, para 322, em 2012, no Brasil. O presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Euclides Fagundes, avalia que a violência com que agem as quadrilhas provoca traumas nos funcionários das unidades. “Essas questões geralmente deixam sequelas. Nós temos pessoas que têm mais de 10 anos que aconteceram os assaltos e têm problemas de saúde até hoje”, conta. BN
Gerente do Banco do Brasil de Caetité teve dinamites amarrados na cintura durante assalto na quarta (28)
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