O diretório zonal do PT na Vila Mariana, bairro de classe média em São Paulo, foi o palco escolhido por Delúbio Soares, ex-tesoureiro do partido, para sua última manifestação pública, antes do julgamento da Ação Penal 470, que começa na próxima quinta-feira, 2 de agosto. Foi lá, na Vila Mariana, que a sua companheira Mônica Valente, ex-secretária da administração Marta Suplicy, se filiou ao PT. E diante de pouco mais de 30 pessoas, Delúbio, vestido com uma camisa da seleção brasileira, falou por mais de três horas, neste sábado, sobre o processo político que originou a denúncia. “Quero olhar nos olhos de cada um de vocês e assegurar: não houve o uso de recursos públicos”, disse ele.
A narrativa de Delúbio é a mesma que ele vem contando desde 2005, quando o escândalo estourou. Mas que hoje, às vésperas do julgamento, parece mais coerente – e tem mais chances de ser ouvida pelos ministros do Supremo Tribunal Federal e pela opinião pública do que à época em que as chamas das primeiras denúncias ainda ardiam. “Vai dar certo”, afirma Delúbio. “Confio muito em Deus e na Justiça”.
Militante histórico do PT, Delúbio Soares foi radical na juventude. Era daqueles que rejeitavam qualquer tipo de aliança com outros partidos. Em 2002, no entanto, Delúbio fazia parte do grupo que defendia a aliança com o PL (hoje PR), de José Alencar, que foi vice de Lula. Quando a aliança foi selada, Alencar fez uma doação de R$ 2 milhões por meio da Coteminas, mas havia um problema em vários estados: os candidatos a deputado pelo partido, de corte mais conservador, não conseguiriam financiar suas campanhas, estando aliados ao PT, de Lula. Leia tudo em http://brasil247.com/pt/247/brasil/72210/Delúbio-desabafa-“Confio-em-Deus-e-na-Justiça”-Delúbio-desabafa-Confio-Deus-Justiça.htm
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