Investigação da Polícia Federal demonstra que o grupo do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, foi avisado com antecedência da Operação Monte Carlo. De acordo com as escutas telefônicas, as quais o Jornal Nacional teve acesso, o grupo do bicheiro monitorou as ações do juiz Paulo Augusto Moreira Lima, da 11ª Vara Federal de Goiás. O bando sabia, de antemão, até mesmo o nome da operação. Apesar das informações privilegiadas, Cachoeira não acreditou que a ação da PF seria para prendê-lo. Ele foi detido em 29 de fevereiro deste ano.
No início de fevereiro, José Olímpio Queiroga Neto, sócio do bicheiro, telefona para ele para dizer que obteve informações de que estava em andamento uma operação da Polícia Federal para prender algumas pessoas, mas ele não sabia detalhes do processo.
Queiroga tem ligações com o juiz Leão Aparecido Alves, que substituiria Moreira Lima na condução do processo porque o titular da 11ª Vara renunciou à causa depois de ter sofrido ameças. Leão Alves declarou-se impedido de presidir o julgamento e negou que ele ou sua mulher tenham alertado Queiroga sobre a Operação Monte Carlo. A investigação da PF descobriu uma ligação do telefone do juiz para um dos investigados.
Na gravação da PF, a qual o Jornal Nacional teve acesso, Cachoeira quer saber se já há decretação de prisão.
— Pois é, mas o juiz já decretou prisão? — indaga o contraventor.
— Não. Tá lá pra isso. Ele tá lá estudando o processo agora pra defragar (sic) isso ai, essa situação —responde Queiroga.
Telefonema para delegado da PF
Na tentativa de obter mais detalhes da operação, Cachoeira telefona para o delegado da Polícia Federal Fernando Byron, que também foi preso.
— Tem um processo lá na 11ª vara... Até o nome da operação já tem. Se chama Operação Monte Carlo. O que você acha? — pede conselho Cachoeira.
— Vou dar uma olhada lá. Está em segredo de justiça — informa Byron.
— Falou que seria Monte Carlo, que tá em segredo de justiça, tá na mão do juiz da 11ª Vara — insiste o bicheiro.
— Décima primeira é especializada, né? Então é de lavagem de dinheiro e desse negócio todo, mas não tem nada com a gente não — procura acalmar o delegado.
Em 8 de fevereiro, Cachoeira se mostra confiante de que não seria preso. Em conversa com Queiroga, ele diz ter em mãos um atestado de que não estaria sendo investigado.
— Olha, eu estou com a certidão já, viu? — diz ele para Queiroga.
— Graças a Deus. Beleza — festeja o parceiro.
— Não tem nada no nosso nome não, viu?
Dia 29 de fevereiro, a Polícia Federal deflagou as prisões. Carlinhos Cachoeira está preso até hoje, no presídio da Papuda.
No início de fevereiro, José Olímpio Queiroga Neto, sócio do bicheiro, telefona para ele para dizer que obteve informações de que estava em andamento uma operação da Polícia Federal para prender algumas pessoas, mas ele não sabia detalhes do processo.
Queiroga tem ligações com o juiz Leão Aparecido Alves, que substituiria Moreira Lima na condução do processo porque o titular da 11ª Vara renunciou à causa depois de ter sofrido ameças. Leão Alves declarou-se impedido de presidir o julgamento e negou que ele ou sua mulher tenham alertado Queiroga sobre a Operação Monte Carlo. A investigação da PF descobriu uma ligação do telefone do juiz para um dos investigados.
Na gravação da PF, a qual o Jornal Nacional teve acesso, Cachoeira quer saber se já há decretação de prisão.
— Pois é, mas o juiz já decretou prisão? — indaga o contraventor.
— Não. Tá lá pra isso. Ele tá lá estudando o processo agora pra defragar (sic) isso ai, essa situação —responde Queiroga.
Telefonema para delegado da PF
Na tentativa de obter mais detalhes da operação, Cachoeira telefona para o delegado da Polícia Federal Fernando Byron, que também foi preso.
— Tem um processo lá na 11ª vara... Até o nome da operação já tem. Se chama Operação Monte Carlo. O que você acha? — pede conselho Cachoeira.
— Vou dar uma olhada lá. Está em segredo de justiça — informa Byron.
— Falou que seria Monte Carlo, que tá em segredo de justiça, tá na mão do juiz da 11ª Vara — insiste o bicheiro.
— Décima primeira é especializada, né? Então é de lavagem de dinheiro e desse negócio todo, mas não tem nada com a gente não — procura acalmar o delegado.
Em 8 de fevereiro, Cachoeira se mostra confiante de que não seria preso. Em conversa com Queiroga, ele diz ter em mãos um atestado de que não estaria sendo investigado.
— Olha, eu estou com a certidão já, viu? — diz ele para Queiroga.
— Graças a Deus. Beleza — festeja o parceiro.
— Não tem nada no nosso nome não, viu?
Dia 29 de fevereiro, a Polícia Federal deflagou as prisões. Carlinhos Cachoeira está preso até hoje, no presídio da Papuda.
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