O ministro justificou que o objetivo inicial é reduzir o contingente para o número anterior ao terremoto – após a tragédia, cerca de 900 militares brasileiros foram enviados ao Haiti. “O conselho de segurança decidiu pela retirada das tropas da Minustah, mas os brasileiros continuarão sendo maioria na missão”, explicou a porta-voz da missão da ONU, Sylvie Wildenberg.
Outro motivo para a retirada das tropas, não mencionado pelas autoridades, é que a força de paz não é vista com bons olhos pela população haitiana. “Muitos nativos protestaram no ano passado a favor do fim da missão, por conta da epidemia de cólera e de denúncias de abuso sexual. Quando as coisas estão ruins, procuramos alguém para culpar. Nesse caso, culparam-nos”, justificou Sylvie.
Ainda assim, a visita de Dilma foi importante para mostrar que o Brasil ainda está ativo no fortalecimento do Haiti. “Acredito que a presença da presidente é extremamente importante para que o país seja reerguido. O Brasil tem uma forte participação na missão humanitária e, como nação em grande ascensão, pode ser um importante parceiro na reestruturação do país”, opinou Florentin Maurasse, especialista em geologia do Haiti, seu país de origem, e professor da Universidade Internacional da Flórida, nos Estados Unidos. “Promover laços econômicos e culturais com o Brasil, que já é a sexta potência econômica mundial, pode ser extremamente útil para o desenvolvimento do Haiti.” De Rodrigo Craveiro - Especial para o EM
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