Humberto Costa, líder do PT no Senado//Marcelo Camargo - 11.jan.2011/Folhapresso
Em discurso na tribuna do Senado, o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), classificou de "espionagem ilegal" reportagem da revista "Veja" do último fim de semana e diz que passou a ser necessário discutir "limites" para os órgãos de imprensa.
"Desde o último final de semana, nosso país, forçosamente, passou a ter a necessidade de discutir os limites de iniciativas de órgãos de imprensa danosos à imagem de pessoas públicas, a partir de acusações vazias, falaciosas, lançadas a partir de dados que nada expressam", discursou Costa.
Reportagem da revista afirmou que o ex-ministro José Dirceu, acusado de comandar o esquema do mensalão, atuou junto a políticos do PT pela queda do ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci.
A revista mostra imagens de políticos chegando para conversar com Dirceu em um hotel de Brasília entre 6 e 8 de junho, período que coincide com o período da queda de Palocci.
Em seu blog, Dirceu apresentou um boletim de ocorrência, registrado em uma delegacia de Brasília, em que acusa um repórter da revista de ter tentado invadir seu apartamento no hotel. Segundo ele, o boletim foi registrado pelo próprio hotel. Procurada, a revista não se manifestou.
Sobre as acusações de Dirceu, a revista diz na reportagem que o jornalista esteve no hotel "investigando" e "tentando mostrar a verdade sobre as atividades de um personagem que age sempre na sombra".
Segundo a revista, o advogado Hélio Madalena, em cujo nome está registrado o quarto onde Dirceu se hospeda, "instou a segurança" do hotel a "procurar uma delegacia de polícia" e acusar o repórter.
Para Humberto Costa, "não se trata de cercear a liberdade de expressão, como muitos procuram tergiversar, tentando, assim, liquidar o debate antes mesmo que ele se inicie. Trata-se, isto sim, de pôr fim a eventos, como o produzido no último fim de semana, pela revista 'Veja', em prejuízo aos limites da ética jornalística".
Para o petista, o texto da revista foi produzido "numa tentativa de incriminar o ex-ministro José Dirceu, e de tentar criar um clima negativo entre os integrantes da base aliada ao governo".De http://www1.folha.uol.com.br/
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