O ex-deputado alagoano Dudu Albuquerque (PSDC) foi acusado pelo Ministério Público do Estado de indicar dez servidores para cargos comissionados no Estado --entre eles parentes e assessores-- que recebiam sem trabalhar. No total, o grupo recebeu R$ 380 mil dos cofres públicos durante cerca de três anos.
O Ministério Público apresentou na semana passada uma ação civil pública por improbidade administrativa contra o ex-deputado e os dez servidores fantasmas. A ação pede o ressarcimento dos valores pagos indevidamente.
O grupo indicado pelo ex-deputado foi nomeado para cargos na Coordenadoria Regional de Ensino, em Arapiraca (AL), ligada à Secretaria da Educação e Esporte.
O promotor Sidrack Nascimento, autor da ação, disse que em alguns casos a folha de ponto era levada na casa dos servidores fantasmas para que fosse assinada.
Duas servidoras da coordenadoria de ensino, que também foram indicadas por Dudu Albuquerque, são suspeitas de participação no esquema. Segundo a ação civil pública, elas não informaram a secretaria sobre a irregularidade.
A investigação do Ministério Público começou quando o próprio ex-deputado deu uma entrevista, em maio do ano passado --quando ainda estava no cargo--, na qual dizia que tinha cargos no governo e que as pessoas recebiam sem trabalhar. Na época, o então deputado disse que estava sofrendo retaliações do governo estadual por não apoiar projetos enviados ao Legislativo.
Segundo o promotor, a investigação não localizou outros casos semelhantes de comissionados fantasmas indicados por deputados no governo estadual.
O ex-deputado foi intimado três vezes para ser ouvido no Ministério Público, mas não compareceu. A reportagem não conseguiu localizar o ex-deputado nem falar com seu advogado.
Dudu Albuquerque, que não foi candidato na eleição de 2010, já havia sido denunciado pelo Ministério Público em 2008 sob acusação de participar de um esquema de desvio de recursos da Assembleia Legislativa.
A Secretaria da Educação ainda não se manifestou.De http://www1.folha.uol.com.br/
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