Marina Silva não terá tempo hábil para criar novo partido até 2012

É pouco provável que, com a decisão de deixar o Partido Verde (PV), a ex-senadora Marina Silva opte pela criação de um novo partido político --a falta de tempo hábil não permitiria que a legenda concorresse nas eleições de 2012.

A avaliação foi feita por cientistas políticos consultados pelo UOL Notícias diante das duas possibilidades abertas com a saída de Marina do PV: a criação de um novo partido político ou a militância como liderança civil.

Caso opte pelo caminho neopartidário, a ex-senadora aumentaria a lista de 27 siglas atualmente registradas no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) desde o início da década de 1980, com o fim do bipartidarismo. Dessas, 22 possuem representação no Congresso Nacional. Com o PSD prestes a ser fundado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (ex-DEM), seriam 28 os partidos.

“Acho pouco provável que ela consiga organizar um novo partido para as eleições de 2012; tudo indica que atuará como liderança civil. Aí, em um segundo momento, para 2014, creio que seria uma opção [a constituição de uma nova legenda], mas desde que haja essa atuação antes”, afirma o cientista político Jairo Nicolau, da UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro).