Na hora de explicar o inexplicável, eles são criativos. Para Palocci, foram as liquidações antecipadas de contratos; José Roberto Arruda recorreu aos panetones; Renan Calheiros fez bons negócios com vacas; o "mensalão" virou "recursos não contabilizados"; até o Collor bolou a famigerada Operação Uruguai. E a lista de desculpas pouco convincentes providenciadas por políticos à beira de um escândalo poderia ser ampliada quase indefinidamente, atingindo representantes de todos os partidos e tendências. O problema, ao contrário do que ainda crê uma certa esquerda romântica, não está na ideologia, mas na natureza humana.
Deixo para colegas mais tarimbados as necessárias cobranças morais e penais sobre o caso Palocci e me concentro na psicologia do erro.
Se o cérebro humano foi concebido por um Criador, então Ele precisa voltar para o cursinho do Senac. Uma descrição mais precisa das camadas evolutivas que compõem nossa mente passa por gambiarras e puxadinhos. Se são esses diferentes módulos ligados em rede que nos permitem experimentar a consciência e ter a sensação do livre-arbítrio, eles também nos deixam com uma série de manias, vieses e tendências que não são exatamente inocentes. Leia a matéria completa em http://www1.folha.uol.com.br/colunas/helioschwartsman/927126-uma-defesa-para-palocci.shtml
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