A prefeita e três secretários municipais de Mata Verde, no Norte de Minas Gerais, foram afastados do cargo nesta terça-feira. A medida foi tomada durante uma operação do Ministério Público de Minas Gerais a pedido da Justiça mineira que investiga os políticos por suspeita de desvio e apropriação de recursos públicos.Para apurar as possíveis fraudes, o Ministério Público ouviu testemunhas, analisou documentos, que resultaram no cumprimento de mandados de busca e apreensão na residência e no local de trabalho da prefeita, dos três servidores públicos, de laranjas e do contador do município, suspeitos de participarem do esquema. A Justiça determinou ainda a indisponibilidade dos bens da prefeita, do tesoureiro, que é filho dela, do secretário municipal de administração e do chefe do setor de licitações da prefeitura. Segundo apuração do Ministério Público, a prefeita de Mata Verde e o filho dela emitiam cheques em nome de pessoas como se elas tivessem prestado algum serviço ao município. Para conseguir sacar os valores no banco, os suspeitos falsificavam a assinatura dessas pessoas. Eles ainda são suspeitos de contratar uma empresa fantasma para prestar serviços ao município. Para criar essa empresa de fachada, duas pessoas teriam sido usadas como laranja pelo grupo. As investigações apontaram que essa empresa vencia as licitações fraudulentas e simulava o fornecimento de bens e de serviços ao município. Há indícios, conforme a apuração, de que dos valores pagos a ela eram divididos entre os suspeitos. Um levantamento feito pelo Ministério Público aponta um prejuízo aos cofres públicos estimado até o momento em mais de R$ 220 mil. Informações do O Tempo.
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