A junção das operações do Grupo Pão de Açúcar e do Carrefour poderá resultar no fechamento de algumas lojas, segundo o banco BTG Pactual.Em algumas áreas, como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, haverá uma sobreposição de 5% a 8% de algumas lojas, que poderão ser vendidas ou ainda fechadas.
A empresa resultante da junção vai responder por 27% do mercado varejista formal no país ou 16% do total, incluindo na conta também os informais, segundo Claudio Galeazzi, sócio do BTG Pactual e quem deve capitanear a operação por meio do fundo de investimento Gama.
Os acionistas do grupo Pão de Açúcar e dos franceses Carrefour e Casino terão até dois meses para analisar a operação de fusão.
A nova empresa vai repartir o Pão de Açúcar com o grupo francês Carrefour, na base de 50%-50%. O NPA, por sua vez, terá 100% da filial brasileira do grupo Carrefour.
Também por meio dessa reestruturação societária, o NPA terá 11,7% do grupo Carrefour no mundo, o segundo maior varejista global, tornando-se assim seu maior acionista, segundo Souza.
A proposta ainda contempla uma injeção maciça de capital na nova companhia. A Gama deve aportar 2,5 bilhões de euros (R$ 5,7 bilhões), sendo 1,7 bilhão de euros (R$ 3,86 bilhões) do BNDESPar (braço do BNDES) e mais 800 milhões de euros (R$ 1,82 bilhão) de sua controladora.
O empresário Abilio Diniz, presidente do conselho do Pão de Açúcar, terá 17% do NPA. Já o Casino, que se manifestou contra a fusão, teria 29%. O grupo francês, vale lembrar, ampliou sua fatia na varejista brasileira neste mês para 37%.
O Casino e Diniz, que está na França tentando viabilizar o negócio, estão em atrito desde que o empresário contatou o Carrefour, principal rival do Casino na França, sem permissão, para discutir uma possível aliança.
Da Folha
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