Antonio Palocci deixou pela segunda vez um cargo-chave no governo federal nesta terça-feira, após pedir demissão do posto de ministro-chefe da Casa Civil em meio a suspeitas sobre sua evolução patrimonial no período em que foi deputado federal, antes de se tornar o principal auxiliar da presidente Dilma Rousseff.
A situação de Palocci no cargo tornou-se insustentável, mesmo depois de a Procuradoria-Geral da República (PGR) ter decidido arquivar pedido de investigação da oposição devido a seu aumento patrimonial. O ministro mais influente fazia articulação política e era visto pelo mercado financeiro como um grande defensor da estabilidade fiscal e das políticas econômicas ortodoxas dentro do governo Dilma.
Com a queda, o agora ex-ministro-chefe da Casa Civil torna-se a primeira baixa do governo Dilma desde que ela assumiu o cargo em janeiro deste ano. A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) foi convidada para assumir o cargo.
O calvário do agora ex-ministro começou em meados de maio, quando o jornal Folha de S.Paulo publicou que o patrimônio de Palocci cresceu 20 vezes no período em que ele foi deputado federal de 2007 a 2010.
Palocci justificou-se, por meio de comunicados e entrevistas, afirmando que os rendimentos vieram de uma empresa de consultoria aberta por ele e que todos os ganhos obtidos foram declarados à Receita Federal. Ele não quis revelar o nome de seus clientes, que teriam levado a consultoria Projeto a faturar 20 milhões de reais somente em 2010.
Palocci, em entrevista, usou a estratégia de desvincular o governo das acusações sobre seu enriquecimento, dizendo que era uma questão dirigida a sua pessoa.
A oposição, além de defender a saída do ministro, vinha fazendo pressão no Congresso pela criação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) e pela convocação de Palocci para esclarecimentos tanto na Câmara quanto no Senado.
CASO FRANCENILDO Continuação... De http://br.reuters.com/
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