A desconfiança do bom desempenho da economia começa a crescer entre a população, ainda que a maioria das famílias brasileiras continue confiante. No relatório de divulgação do Índice de Expectativa das Famílias do mês de maio, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) afirma que a pontuação do mês (62,9) indica que “o brasileiro continua otimista”.
O índice, no entanto, caiu em relação ao mês anterior (63,8) e é o segundo menor desde que o questionário começou a ser aplicado, em agosto de 2010. É também o menor desde a eleição da presidenta Dilma Roussef. Quando ela assumiu, em janeiro, o grau de confiança do brasileiro estava em 67, 2, o maior medido até agora.
O pessimismo encontrado em quase todo o País só não atingiu a região Norte, onde o índice medido em maio (64,2) foi maior do que no mês anterior (60,9). Com isso, ela se torna a segunda região mais otimista, atrás apenas do Centro Oeste (73,3), que já é tradicionalmente a região mais confiante.
A pesquisa mostra ainda que a desconfiança do brasileiro é tanto a curto quanto a longo prazo. Cerca de 56% dos brasileiros creem que o País passará por momentos melhores nos próximos 12 meses enquanto em abril 59% vislumbravam um cenário bom no futuro.
Nesse aspecto, mais uma vez o Norte se diferencia das demais localidades porque conta com 95% das famílias acreditando que sua situação econômica irá melhorar no próximo ano. É a região mais otimista.
Já o percentual dos que acreditam que a situação econômica do Brasil vai piorar nos próximos cinco anos chegou a 22,9% e esse indicador vem crescendo nos últimos meses. “No geral, todas as regiões tiveram queda da expectativa otimista em comparação com o mês anterior”, diz a pesquisa do Ipea.
Outros dados mostram que aproximadamente metade das famílias não têm dívidas e estão dispostas a investir em bens de consumo duráveis. Somente 8% se consideram muito endividados. Em relação a emprego, 76% dos responsáveis pela casa se sentem seguros em sua ocupação.
Para elaborar o Índice de Expectativa das Famílias, o Ipea visita 3.810 casas em 214 municípios e considera questões relacionadas a percepção da família sobre suas finanças, suas decisões de consumo, condições de pagamento de dívidas e mercado de trabalho.De http://economia.ig.com.br/
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