“O processo de fusão não é tão simples, nem é desejável pelos partidos, mas é uma questão de sobrevivência”, afirma o cientista político Francisco Fonseca, professor da FGV-SP (Fundação Getúlio Vargas). Já o sociólogo Bolívar Lamounier, filiado ao PSDB, diz que uma fusão “sempre envolve dificuldades com a militância”, mas, “em tese parece bom”. A oposição passa por um enfraquecimento. É preciso reaglutinar forças. Qualquer movimento nesse sentido é bom.”
Para Fábio Wanderley Reis, cientista político da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e pesquisador do Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento), o “drama” do PSDB tem relação com o fato de que o PT ter se tornado um partido social-democrata e ocupado o espaço dos tucanos. “O PSDB se viu empurrado para a direita e se aproximou do DEM há muito tempo. A fusão seria um carimbo de direita na testa dos tucanos, e o partido continuaria sem condições de acenar a um público mais amplo."
Já Lamounier avalia que as diferenças ideológicas das siglas ficaram para trás há muito tempo. “Se olharmos o governo FHC, o PFL [atual DEMO] foi um apoio muito importante, esteve junto com o PSDB o tempo todo, embora nas origens os partidos eram muito diferentes”, avalia o sociólogo.
“A questão ideológica é menor para as legendas. O DEMO é um partido conservador e o PSDB se aproximou do conservadorismo. A última campanha presidencial do Serra, por exemplo, foi algo bem distante de uma social-democracia laica e moderna”, aponta Francisco Fonseca. “Em contrapartida, os democratas tentam uma roupagem nova, com um discurso mais moderado, em prol das questões sociais."Com informações UOL NOTÍCIA
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