No evento de comemoração dos 90 anos do jornal Folha de S. Paulo, a presidente Dilma Rousseff voltou a defender a liberdade de imprensa e afirmou que “ser jornalista no Brasil é um ato de coragem” para investigar a postura dos agentes públicos e reportar à sociedade. Ela e várias outras autoridades compareceram ao encontro desta segunda-feira (21) na Sala São Paulo, na capital paulista.
Em um mote que repete desde sua vitória nas eleições de 2010, Dilma afirmou: “No Brasil de hoje, com a democracia tão nova, devemos preferir o som das críticas de uma imprensa livre ao silêncio das ditaduras”. A presidente disse que o governo deve saber conviver com as críticas “mesmo quando são irritantes, quando nos afetam, quando nos atingem”.
Durante a campanha que a elegeu, a petista ouviu seus adversários a acusarem de tentar controlar a mídia, no âmbito do PNDH (Programa Nacional de Direitos Humanos). A presidente disse ter comparecido ao evento da Folha, a quem chamou de “grande jornal brasileiro”, para “celebrar a liberdade de imprensa no Brasil”.
Além de Dilma, compareceram seu vice, Michel Temer, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, os presidentes do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e da Câmara, Marco Maia (PT-RS), ministros e parlamentares. Também compareceram o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o candidato derrotado à Presidência e ex-governador de São Paulo, José Serra, além de lideranças empresariais e religiosas.
Entre os presentes, estava o senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL), que, na Presidência, ordenou a invasão da redação do jornal pela Polícia Federal. “Isso é passado”, limitou-se a dizer na entrada.De UOL Notícias
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