Ao considerar que este é o melhor momento para discutir o turismo de eventos, o consultor internacional Ariel Figueroa destacou, durante recente seminário para empresários promovido pela Secretaria de Indústria, Comércio e Turismo, que esse é o grande guarda-chuva para o turismo de negócios, uma vocação natural de Itabuna e que precisa ser explorada.
Para ele, a cidade precisa de eventos de negócios, o que inclui simpósios os mais diversos e feiras, uma vez que Itabuna funciona como um grande polo regional e tem um vetor econômico centrado no comércio, indústria e serviços, em especial nas áreas de educação e saúde.
Ariel Figueroa citou como exemplo de plano estratégico, o caso de Gramado, no Rio Grande do Sul e do turismo rural em Minas Gerais, que atraem turistas durante todo o ano. Ele lembra que para se consolidar como um centro de turismo de negócios Itabuna precisa também de um centro de convenções e outros equipamentos.
O consultor destaca que Ilhéus, considerado o maior polo de turismo da Costa do Cacau, graças ao porto e ao aeroporto, tem um centro de convenções bonito e moderno, o Luis Eduardo Magalhães, mas que não funciona, porque a cidade não despertou e nem se preparou para o turismo de eventos.
Como contraposição, ele cita que Salvador é hoje o terceiro polo de turismo de negócios e eventos, mas tem perdido espaço para Foz do Iguaçu, que pode ocupar esse espaço: “O importante é que o turismo de eventos é o ano todo, exceto, naturalmente, nos períodos do Reveillon e do Carnaval”, complementou.
Um ponto importante para Figueroa, é que o turismo de eventos agrega maiores gastos dos visitantes, até porque 80% dos participantes de congressos e feiras ainda trazem acompanhantes nas suas viagens e investem dinheiro novo na economia, com passagens e hospedagem pagas por empresas ou instituições”.
No caso de Itabuna o consultor considera que a cidade precisa definir a sua vocação e turismo de eventos seria a mais natural, “para isso a cidade tem de oferecer opções ao turista que é ávido por gastar”. Outra opção seria o turismo rural aproveitando como foco de diferenciação a lavoura do cacau, mostrando ao visitante todo o ciclo da produção de uma lavoura ecológica.
Ariel defende ainda o desenvolvimento de um planejamento estratégico, com a definição de metas e objetivos específicos, e a mobilização da sociedade para sensibilizar o governo do estado quanto à necessidade de construção do Centro de Convenções, cujas obras foram paralisadas há mais de dois anos, bem como para os aspectos técnicos e políticos do projeto.
Texto: Kleber Torres - Fotos: Pedro Augusto
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