A sala de cirurgia esconde um mistério. Vinte e três pessoas com catarata passaram por ela em um mesmo dia com uma só esperança: voltar a enxergar como antes. Agora, 12 delas dizem que estão cegas de um olho. O mutirão da cirurgia de catarata aconteceu no dia 6 de agosto no Hospital Municipal de Barueri, na Grande São Paulo. A intenção da prefeitura era melhorar a visão de um grupo de moradores da cidade, a maioria com mais de 60 anos, que tinha a doença, mas ainda conseguia ler, escrever, dirigir e até trabalhar. Só que, depois da cirurgia, a vida dessas pessoas mudou para pior. A catarata é uma doença que acontece quando o cristalino, a lente natural dos nossos olhos, vai escurecendo e fica opaco. A cirurgia, considerada simples, consiste em trocar o cristalino embaçado por uma lente artificial. Segundo documentos da investigação do hospital, os problemas começaram ainda durante as cirurgias. Dezoito pacientes reclamaram de muita dor. Nos dias seguintes, o próprio médico que fez a operação, doutor André Vidoris, detectou um problema ainda mais grave: um ferimento na córnea em 20 dos 23 pacientes. Das 23 pessoas que fizeram a cirurgia da catarata em Barueri, o Fantástico conseguiu reunir 11 delas. Todas têm mais de 60 anos e tinham problemas sérios de visão. Fizeram a cirurgia na esperança de enxergar melhor.
A polícia de Feira de Santana está à procura de um dos dois homens que fugiram do Complexo Penal da cidade neste domingo (29). Paulo da Silva, de 27 anos, e Diego Alves Vieira fugiram da enfermaria do presídio durante a noite. Paulo foi preso por tentativa de assalto há cerca de uma semana.
Ele tem passado por um problema renal e, na noite de ontem, precisou ser encaminhado à enfermaria. No mesmo local estava Diego, que recebia atendimento por ter sido espancado por colegas de cela. A informação divulgada à imprensa é de que o auxiliar de enfermagem deixou os dois detentos na enfermaria quando saiu para jantar. Paulo, que estava em uma cela dentro da enfermaria, conseguiu quebrar o cadeado. Ele saiu e arrancou o ar-condicionado da parede, saindo pelo buraco. Já do lado de fora do prédio, ele pulou o muro. Para fugir, Paulo usou roupas que estavam na sala, como uma camisa feminina e uma bermuda. Diego viu todo o movimento e aproveitou a oportunidade para também fugir. O auxiliar de enfermagem acionou agentes das Polícias Civil e Militar quando voltou à enfermaria, mas nenhum dos dois foi recapturado. Já na manhã desta segunda-feira (29), por volta das 10h, Paulo se entregou à Polícia Militar na Base Comunitária do bairro George do Américo, onde sua família vive. A polícia acredita que ele se entregou por não poder dar continuidade ao tratamento de seu problema renal do lado de fora do presídio, devido à sua condição de foragido. Diego continua sendo procurado. (Aratu)