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quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Ex-secretário de Obras de Paes é preso em nova fase da Lava Jato no Rio

Do UOL, no Rio
Fabiano Rocha/Agência O Globo
Estação do BRT Transcarioca em trecho inaugurado na zona norte carioca. O corredor expresso de ônibus foi projetado para os Jogos Olímpicos de 2016

A Polícia Federal cumpre mandados de prisão, de condução coercitiva e de busca e apreensão em nova fase da Operação Lava Jato, nesta quinta-feira (3), no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Recife. O principal alvo da PF é o ex-secretário municipal de Obras Alexandre Pinto. Ele foi localizado e preso em casa, na zona oeste da capital fluminense.

Pela primeira vez, as investigações chegam à Prefeitura do Rio, chefiada pelo PMDB entre 2009 e 2016. Até então, as irregularidades apuradas na Lava Jato no RJ se limitavam a obras e desvios no âmbito federal e, sobretudo, nos contratos do governo do Estado, durante gestão do também peemedebista Sérgio Cabral (preso desde novembro do ano passado).

A ação de hoje, batizada Rio 40º, mira obras realizadas no governo do ex-prefeito Eduardo Paes (PMDB), que esteve à frente da administração municipal entre 2009 e 2016. De acordo com os procuradores do MPF (Ministério Público Federal), que coordenam a operação em parceria com a PF e com a Receita, havia um esquema criminoso envolvendo pagamento de propina a servidores por meio de serviços fictícios de advocacia e entrega de valores em espécie.

O dinheiro teria sido desviado das obras do BRT Transcarioca, construído para a realização dos Jogos Olímpicos de 2016, além das intervenções do Programa de Despoluição da Bacia de Jacarepaguá (bairro da zona oeste carioca).

Além do ex-secretário de Paes, também há ordens de prisão contra fiscais da pasta e outras pessoas que participavam do esquema. No total, são nove mandados de prisão preventiva, um mandado de prisão temporária, três mandados de condução coercitiva e 18 mandados de busca e apreensão, todos expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal (RJ), do juiz Marcelo Bretas.

O MPF informou que os presos serão indiciados por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A reportagem do UOL está tentando entrar em contato com a defesa dos suspeitos e também com o ex-prefeito do Rio Eduardo Paes.

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