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quinta-feira, 20 de julho de 2017

Lobista do PMDB intermediou R$ 11,5 mi em propina para Renan, Jader e Aníbal

Foto: Reprodução / Vídeo Justiça
O lobista Jorge Luz, que operava a favor do PMDB, confessou ter intermediado o pagamento de R$ 11,5 milhões em propina para os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Jarder Barbalho (PMDB-PA), para o deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE) e para o ex-ministro Silas Rondeau. Luz prestou depoimento nesta quarta-feira (19) ao juiz Sergio Moro. De acordo com o Estadão, o lobista disse que os valores foram pagos em troca de apoio para fortalecer os ex-diretores da Petrobras Nestor Cerveró (Internacional) e Paulo Roberto Costa (Abastecimento). "Quando foi ser tratado o apoio, para os políticos não importava da onde vinha. Para eles, tanto faz. 'X' e pronto, R$ 11,5 milhões. Está todo mundo falando de US$ 6 milhões, não sei o quê. Para mim, são R$ 11,5 milhões, que podem ter sido na época US$ 6 mihões, não sei. Então, houve uma discussão, era 10 milhões, passou para 6, depois para... ou seja, houveuma discussão. Queriam 4 e acabaram chegando a um acordo", declarou Luz. Segundo ele, quem discutia era o dono do dinheiro, no caso os diretores, Cerveró e Costa. "Apesar de o Paulo [Roberto Costa] não ter recursos, eu lembro disso, Paulo não tem mais nada, não tinha como pagar, o Cerveró assumiu e depois fizeram um encontro de contas. Não sei explicar ao senhor como, porque eu não participava desse acordo", acrescentou. Jorge Luz ainda disse ao juiz Sergio MOro que foi informado por Fernando Soares, o Fernando Baiano, que dois agentes públicos estariam "balançando" em seus cargos, por volta de 2005, e por isso pediu ajuda aos parlamentares. Em troca da solicitação, os três teriam pedido propina. Segundo o Estadão, Luz alegou que conhecia Jader Barbalho e Renan Calheiros desde os anos 80, e voltou a contatá-los depois do pedido de ajuda de Fernando Baiano. Na época, ele primeiro entrou em contato com Aníbal Gomes, que teve uma primeira conversa com Jader, Renan e Silas Rondeau (na época ministro de Minas e Energia do governo Lula). Com a resposta positiva, teriam começado as negociações. "Havia um pedido alto para que houvesse esse apoio, o apoio se traduziria em ajuda financeira, e em uma oportunidade de que esses políticos pudessem participar de operações que viessem a surgir no decorrer do tempo. Isso aconteceu, acertaram. Havia sido pedido um número, discutiram, e o Fernando e o Anibal - porque o Fernando representava os diretores e o Aníbal, os políticos - chegaram ao valor de 11,5 milhões de reais", contou. Luz disse que o dinheiro vinha de uma negociação feita entre Fernando Soares junto com a Samsung, através de Júlio Camargo. Aníbal passava as contas para o Fernando, que passava para Julio Camargo e ele fazia os pagamentos. BN

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