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quarta-feira, 26 de julho de 2017

Crise na Venezuela divide PT; presidente apoia Constituinte enquanto Lula critica

Foto: Lula Marques / Agência PT
A crise na Venezuela tem desencadeado um racha interno no Partido dos Trabalhadores, o PT. Isso porque a presidente da legenda, senadora Gleisi Hoffmann (PR), manifesta apoio incondicional à Assembleia Constituinte organizada por Nicolás Maduro. Por outro lado, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defende cautela no endosso às decisões do presidente venezuelano. De acordo com a Folha, Lula está preocupado com a administração de Maduro e teria recomendado moderação ao venezuelano. Em conversas com colaboradores, o ex-presidente defende neutralidade do governo brasileiro em busca de uma solução pacífica para a Venezuela, e critica a realização da Constituinte. A votação está programada para este domingo (30). Gleisi faz defesa irrestrita da assembleia, inclusive, manifestou apoio e solidariedade ao governo do PSUV [Partido Socialisita Unido da Venezuela], seus aliados e ao presidente Maduro, durante abertura do 23º Encontro do Foro de São Paulo, na Nicarágua. "Temos expectativa de que a Assembleia Constituinte possa contribuir para uma consolidação cada vez maior da Revolução Bolivariana e que as divergências políticas se resolvam de forma pacífica", defendeu Gleisi. Nesta semana, ela comparou a atuação da direita venezuelana à oposição brasileira, que levou ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. A senadora também apoia o critério estabelecido para eleição da Constituinte, em que um terço dos integrantes serão escolhidos conforme cotas setoriais, e disse que não há contradição no fato de o PT reivindicar eleições diretas no Brasil, enquanto apoia a Constituinte no país vizinho. "Gostando-se ou não de Maduro, ele tem legitimidade, foi eleito em urna, o que não é caso de quem hoje governa o Brasil. Lá [na Venezuela] quem não quer se submeter ao voto popular é quem fala em defender a democracia. Isso é contraditório", acrescentou. Gleisi lembrou que seu partido aprovou a proposta de uma Constituinte para a implementação de reformas no Brasil. BN

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