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terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Justiça condena envolvidos em estupro coletivo a 15 anos de prisão

Do UOL, em São Paulo
A Justiça do Rio condenou nesta segunda-feira (20) os réus Raí de Souza e Raphael Assis Duarte Belo a 15 anos de prisão pelo estupro de uma adolescente de 16 anos. O caso aconteceu no dia 21 de maio do ano passado na Comunidade do Barão, no bairro da Praça Seca, zona oeste do Rio de Janeiro, e ganhou repercussão depois que os próprios criminosos divulgaram um vídeo da jovem, nua e desacordada, dizendo que ela teria sido violentada por "mais de 30".

Souza gravou e transmitiu o vídeo que mostra a menina desacordada após o estupro. Já Belo fez uma selfie ao lado da garota e também compartilhou as imagens. À época, ao serem presos, ambos declararam terem agido sem pensar nas consequências.

A decisão é do juiz Aylton Cardoso Vasconcellos, da 2ª Vara Criminal Regional de Jacarepaguá. Um terceiro acusado, identificado como Moisés Camilo Lucena, o "Canário", está foragido.

As investigações mostraram que a adolescente saiu de um baile funk no Morro da Barão, em Jacarepaguá, com três pessoas. Eles beberam e consumiram drogas, e a menina ficou no local. De lá, ela foi levada desacordada para outra casa por Canário, que a estuprou. Outros homens também cometeram violência sexual contra ela, conforme a polícia apurou.

Em junho do ano passado, a delegada da DCAV (Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima), Cristiana Bento, chegou a indiciar sete pessoas pelos crimes de estupro de vulnerável e produção e divulgação de imagens referentes ao ato. 

Segundo o jornal "Folha de S.Paulo", a denúncia contra Sérgio Luiz da Silva Júnior, conhecido como "Da Russa", foi rejeitada por Vasconcelos, que considerou não haver "indícios da sua participação nos crimes".

Polícia Civil/Divulgação
Casa onde a vítima estaria dormindo antes de chegar à residência onde foi gravado o vídeo divulgado em redes sociais

O juiz também arquivou a investigação contra o jogador de futebol Lucas Perdomo e encaminhou o processo dos indiciados Marcelo Miranda da Cruz Correa e Michel Brasil da Silva, acusados de divulgar as imagens do estupro, para a Justiça Federal.

O sétimo envolvido no estupro, por ser menor de idade, teve seu caso encaminhado para a Vara da Infância e Juventude. 

Além do cumprimento da pena, Souza e Belo deverão pagar um valor equivalente a 360 dias-multa pelo crime, que corresponde a aproximadamente um salário mínimo mensal por um ano, segundo o TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro). O processo tramita em segredo de Justiça, devido à necessidade de preservar a imagem e a identidade da adolescente.

A menina e sua família foram incluídas no programa de proteção a testemunhas do governo do Estado e deixaram o local onde moravam. (Com Estadão Conteúdo)

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