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quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Brasileiros criam biovidro que cura feridas da pele

Foto: Paulo Chiari/EPTV
Cientistas da UFSCar, Universidade Federal de São Carlos, criaram um tipo de biovidro flexível que é capaz de regenerar tecidos e acelerar o processo de cura de feridas.

“Curam feridas da pele, depois elas são reabsorvidas pelo corpo e são bactericidas, elas minimizam infecções e acabam com as bactérias”, contou o professor Edgar Zanotto.

“É um material absolutamente inovador”, continuou. “É o vidro que cura, é um biovidro, o vidro bioativo”.

O material apresentou bons resultados em testes com animais e o próximo passo será a realização de ensaios em humanos.

Como
O biovidro tem sido usado como opção para diversos tipos de enxerto, mas depois de seis anos de estudo os cientistas do Laboratório de Materiais Vítreos conseguiram desenvolver um material diferente, bem mais flexível, uma manta semelhante à gaze usada em curativos.

“Esses vidros bioativos são parecidos com o vidro de janela, feitos de sílica, cálcio e sódio, mas em concentrações diferentes, então é isso que muda o jeitinho que esse vidro reage dentro do corpo”, explicou a pesquisadora Marina Trevelin Souza.

“A ideia é aplicar diretamente sobre a pele em cima das feridas porque esse material reabsorve em contato com o sangue e vai regenerando aquela ferida ou aquela queimadura”, completou.

Os pesquisadores têm um convênio com o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto e o projeto está em fase de análise.

As pesquisas em humanos devem começar em 2017.

Ossos
Outra novidade do grupo é uma peça que pode ser usada como enxerto ósseo.

“Nós podemos fazer enxertos com geometrias muito complexas e que encaixam perfeitamente no paciente”, comentou o pesquisador Murilo Crovace.

Além do formato, o produto também se diferencia de outros tipos de enxerto, como os de cerâmica, pelo tempo que o corpo leva para a absorção. No caso dos biovidros, esse processo ocorre de forma muito mais rápida.

“São poucos meses, enquanto as cerâmicas levariam anos para serem completamente absorvidas”, comparou Crovace.  Com informações do G1

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