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segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Venezuela deporta quase 400 colombianos após dois dias de estado de exceção

Um total de 394 cidadãos colombianos, dos quais 42 são menores, foram deportados pela Venezuela nos últimos dois dias, depois que entrou em vigor o estado de exceção decretado pelo governo de Nicolás Maduro após um ataque na fronteira, informou neste domingo (23) o Ministério do Interior da Colômbia.

Perante esta situação, o ministro do Interior, Juan Fernando Cristo, pediu às autoridades venezuelanas para "que se possa solucionar este drama humanitário de uma forma rápida sem afetar os direitos dos colombianos na Venezuela". Em entrevista coletiva realizada na cidade fronteiriça de Cúcuta, Cristo garantiu que o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, entrará em contato hoje com seu colega venezuelano, Nicolás Maduro, "para conversar sobre esta situação".

Na quarta-feira passada (19) as passagens entre o departamento do Norte de Santander (Colômbia) e o estado de Táchira (Venezuela) foram fechados por ordem de Maduro após um ataque de supostos contrabandistas contra militares venezuelanos que terminou com três uniformizados e um civil feridos.

Após o fechamento da fronteira, Maduro decretou o estado de exceção no estado de Táchira por 60 dias prorrogáveis, que entrou em vigor no sábado (22), e fechou "até novo aviso" todas as passagens fronteiriças com a Colômbia nessa região, que é, assegura, usada por contrabandistas e paramilitares.

Cristo explicou que o vice-presidente venezuelano, Jorge Alberto Arreaza, faz uma visita na cidade fronteiriça de San Antonio de Táchira, por isso que pediu que aproveite esta situação para um manter uma reunião. Além disso, Cristo afirmou que atualmente ambas as partes estão "definindo o lugar da fronteira onde vai ser realizada" a reunião entre as chanceleres de ambos países marcada para próxima quarta-feira.

Em seu discurso, o ministro também anunciou a criação de um centro de comando unificado liderado pela polícia e o governo na cidade de Cúcuta (nordeste) para atender a chegada de deportados. Em dito centro haverá funcionários da União Nacional de Proteção (UNP), a Chancelaria, o Instituto Colombiano de Bem-estar Familiar e autoridades regionais e municipais. Foto: Reuters/Carlos Eduardo Ramirez*Fonte: EFE

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