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sábado, 8 de agosto de 2015

Trabuco diz que crise política é maior do que a econômica

Presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco
O presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, em entrevista à Folha nesta última quinta (6), na sede do grupo em São Paulo, elogiou o trabalho da atual equipe econômica do governo, que aumentou os juros para reduzir a inflação e encaminhou medidas para reduzir o gasto público. Trabuco foi a primeira opção da presidente Dilma para o comandar o Ministério da Fazenda, cargo ocupado por Joaquim Levy. Jornal do Brasil

"A crise política é mais forte que a econômica. Isso abala a confiança no país e retarda a retomada do crescimento." Na quarta-feira (5), em evento que marcou a contagem de um ano para a Olimpíada, Trabuco falou sobre a situação econômica do país, destacando que se trata de um ciclo que passará e que o país tem potencial de crescimento.

Para o Bradesco, a recuperação da economia brasileira deve começar a partir de junho do ano que vem, puxada por investimentos em projetos de infraestrutura. 

Sobre a crise política, comentou: "Há uma crise grave, séria. Vamos ter de consertar este avião em pleno voo, não dá para esperar a aterrissagem. Políticas monetária e fiscal austeras apenas não bastam." Trabuco também alertou que "todos os participantes desse processo -- políticos, Executivo, autoridades -- têm de pensar grande". "Precisamos ter a grandeza de buscar a convergência."

Sobre a atuação do Congresso na crise política, ponderando sobre os limites de sua opinião sobre "determinadas atitudes", destacou que é preciso sair desse "ciclo do quanto pior, melhor". "Melhor para quem? Para o Brasil, não é. As pessoas precisam ter a grandeza de separar o ego pessoal do que é o melhor para o país."

Para Trabuco, não se conseguiu antever o que aconteceria após a redução no preço das commodities que o Brasil exporta, que trouxe perdas para a renda nacional. "E acreditamos em coisas que não deram certo, como segurar os preços administrados. Quando 2015 chegou, era inevitável ter inflação acima de 9%."

"Mas essa é uma inflação corretiva, que está equacionando uma diferença de preços e tem prazo para acabar. A política monetária foi executada. Nós trabalhamos com um PIB extremamente modesto, fraco até junho do ano que vem. Depois tem a retomada. Mas essa retomada será puxada pelos investimentos em infraestrutura", completou.

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