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sexta-feira, 28 de agosto de 2015

‘Lula nunca interferiu em projetos no BNDES’, diz Luciano Coutinho

“Posso afirmar que o ex-presidente Lula jamais solicitou ou interferiu no BNDES a respeito de qualquer projeto específico”, disse nesta quinta-feira (27), o presidente do banco, Luciano Coutinho, em depoimento à CPI do BNDES, na Câmara dos Deputados.

Em depoimento à CPI que investiga o BNDES na Câmara, Luciano Coutinho afirmou que nunca houve ingerência do ex-presidente Lula e do ex-ministro José Dirceu, principalmente para beneficiar países, desde que ele assumiu a presidência do banco, em 2007.

O requerimento da CPI pediu que fossem apurados empréstimos classificados como “secretos” concedidos a países como Angola e Cuba e outros considerados questionáveis do ponto de vista do “interesse público”.

Coutinho destacou que as decisões do BNDES são pautadas por um processo rigorosamente impessoal e sem motivação política. O presidente do BNDES afirmou não haver dinheiro a fundo perdido para Cuba e que empréstimos concedidos para a construção do porto cubano de Mariel foram feitos a taxas internacionais, dentro da legalidade.

Sobre empréstimos para outros países, Coutinho foi questionado pelo deputado João Gualberto (PSDB-BA). “O BNDES não participa de tratativas no exterior para obtenção de contratos”, disse Coutinho que ainda explicou que os empréstimos feitos a empresas que operam com exportações para Cuba, Angola e Venezuela somam aproximadamente R$ 6 bilhões. Segundo ele, todos os empréstimos estão adimplentes, não existindo irregularidades.

“As decisões do banco são pautadas por um processo rigorosamente impessoal, sem qualquer motivação política”, disse Coutinho em resposta à pergunta do relator da comissão, deputado José Rocha (PR-BA).

Coutinho lembrou que as operações com Angola e Cuba, antes classificadas como “secretas”, por decisão ministerial, foram “desclassificadas” e estão disponíveis no site do BNDES.

Operação Lava Jato
O pedido de criação da CPI, apresentado pelo deputado Rubens Bueno (PPS-PR), requer a investigação de empréstimos considerados suspeitos pela operação Lava Jato, que investiga um esquema de corrupção bilionário envolvendo estatais, órgão do governo, empreiteiras, partidos e políticos.

Sobre as empreiteiras envolvidas na Lava Jato, Coutinho disse que o BNDES não tem exposição a essas empresas, apenas a projetos em que elas possam ser sócias e declarou que não há crédito do BNDES direto para empreiteiras e que o banco tem que ter cautela no tratamento dado a essas empresas, caso a caso, dentro da lei e de suas normas. http://www.netcina.com.br

Frigorífico
Questionado sobre a compra, pelo BNDESPar, braço de participações acionárias do banco, de ações do frigorífico Independência, ele afirmou que a decisão foi tomada com base em análise do balanço da empresa e com lastro em auditoria externa.

No final de 2008, o BNDESPar injetou R$ 250 milhões no frigorífico para comprar 21,8% do capital da holding Independência Participações S.A.. O grupo Independência entrou em recuperação judicial em fevereiro de 2009, três meses após o aporte da BNDESPar.

“O que ocorreu depois foi uma rápida deterioração da empresa”, afirmou o presidente do banco. Segundo ele, o banco não contrata uma operação de empréstimo ou acionária sem avaliar as condições de balanço e cadastrais da empresa que será beneficiada.

Segundo Coutinho, o BNDES cumpre com folga todas as regras do regulador e tem a mais baixa inadimplência do sistema financeiro nacional.

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