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sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Grupo de 15 empresas de aluguel de táxis fatura R$ 6,7 milhões por mês

Um grupo formado por 15 empresas que exploram o serviço de táxi no Rio não é afetado pela disputa por passageiros desde a chegada do Uber, o serviço de transporte executivo oferecido por aplicativo de celular. 

São empresas de propriedade dos barões dos táxis, donos de frotas que vivem do aluguel dos amarelinhos para os motoristas de praça. 

Juntas, elas deteriam — segundo a Secretaria municipal de Transportes e amparadas pela lei municipal 5.492/2012 — apenas 1.671 veículos dos 33 mil táxis na cidade. Só com as diárias pagas de segunda a sexta-feira pelos cerca de dois mil taxistas que dirigem esses carros, os barões faturam, ao menos, R$ 6,7 milhões por mês. 

O dono de um dos maiores grupos empresariais é Pascoal da Silva Rego, de 69 anos. Suas quatro empresas ficam no mesmo endereço, no Rocha. De manhã, o entra e sai de veículos impressiona. Os locatários precisam passar lá para pagar a diária de R$ 200. 

É nessa rotina que eles têm algum contato com o empresário. Descrito como pessoa de hábitos simples, Pascoal costuma circular pelo pátio, onde também funciona uma oficina e um lava a jato que atende a sua frota de 365 veículos. Esse total significa cerca de R$ 1,4 milhão por mês com diárias.

— Os donos dos táxis não estão preocupados com o Uber. Que diferença faz para eles? A gente tem que pagar a diária do mesmo jeito, não importa se mudou a concorrência, se chegou o aplicativo — diz um taxista, que prefere não se identificar. 

Parado para abastecer no Posto Matosão, ponto de encontro de taxistas na Praça da Bandeira, um colega locatário de táxi da Empresa de Táxi Corcovado diz que inicia a jornada ao volante devendo R$ 220 para o dono do carro. 

A empresa pertence a José Luis Moreira, conhecido como Zé do Táxi, vice-presidente do Departamento de Futebol do Vasco da Gama. — Pago R$ 1.100 em diárias toda semana, mas não consigo tirar esse valor líquido na sexta-feira. Até tiro, só que tenho de trabalhar até 14 horas por dia. 

Trabalhando oito, saio perdendo. E ainda nem tenho folga, pois preciso aproveitar o fim de semana, que é livre da diária, para fazer um dinheiro — conta o taxista.  Fonte: Extra

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