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sábado, 8 de agosto de 2015

Cicatrizes de Nagasaki: japonês que sobreviveu à bomba atômica relata sofrimento

Sumitery Taniguchi é um sobrevivente de guerra. Ele viu a bomba nuclear atingir Nagasaki e sentiu na pele os seus efeitos. Até hoje, com 86 anos, o japonês carrega as marcas profundas da destruição em seu corpo já idoso. Taniguchi foi apenas uma das milhares de vítimas da bomba atômica que destruiu Nagasaki em 9 de agosto de 1945. Mesmo depois de 70 anos, ele não recuperou totalmente os movimentos do braço esquerdo e precisa passar creme hidratante diariamente nas cicatrizes provocadas pela bomba para melhorar a irritação. As informações são do jornal DailyMail. O impacto da bomba fez com que suas costelas se movessem e pressionassem o pulmão. O resultado foi uma postura problemática seguida de uma dificuldade para respirar. Taniguchi hoje mostra suas cicatrizes ao mundo como forma de lutar contra a proliferação nuclear. Ele não deseja que ninguém passe pela experiência traumática que vivenciou. Com apenas 16 anos, Taniguchi viu a bomba de plutônio explodir sobre Nagasaki, três dias depois que outra bomba havia devastado Hiroshima. Juntos, os ataques mataram mais de 226 mil pessoas. O japonês estava há pouco mais de dois quilômetros do epicentro da bomba, que matou mais de 70 mil pessoas na sua cidade. Ele conta ao DailyMail que caminhou por três dias depois da explosão sem receber auxílio, e que não tinha noção de que seus ferimentos poderiam ser tão graves. Sentia que havia algo pendurado em suas costas, ombros e braços, e percebeu depois que era o peso da própria pele. Quando finalmente foi resgatado, Taniguchi precisou ficar quase dois anos em tratamento contra queimaduras, tecidos em decomposição e fraturas expostas. Nesse tempo, passou alguns períodos inconsciente. Por ter ficado tanto tempo sem se mover, seus ossos bloquearam a articulação do seu braço para o resto da vida. (iG)

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