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quinta-feira, 16 de julho de 2015

Prefeito que morreu em acidente de avião jogava bomba em famílias, diz MST

Enzo Menezes, do R7, com Record Minas
Prefeito sobrevoava fazenda de sua propriedade invadida pelo MST Record / Reprodução

A equipe da Aeronáutica que vai investigar a queda de um monomotor em Tumiritinga, no Vale do Rio Doce, deve chegar ao local do acidente por volta das 16h. Os técnicos do Ceripa 3 saíram do Rio de Janeiro para apurar o que provocou as mortes do prefeito de Central de Minas, Genil Mata da Cruz, de 39 anos, e de Douglas Silva, de 25 anos.

Corpos foram encontrados carbonizadosPolícia Militar / Divulgação
A cidade decretou luto oficial de três dias e aguarda a liberação dos restos mortais para velar os corpos. 

O prefeito sobrevoava uma fazenda de sua propriedade que foi invadida por um grupo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), que o acusou de jogar bombas caseiras nos barracos. Funcionários da prefeitura dizem que o avião foi abatido a tiros. Por enquanto, a perícia não confirmou nenhuma versão para o conflito fundiário. Segundo o Corpo de Bombeiros, a aeronave tinha o prefixo coberto. 

A delegada Verena Vidal de Assis, de governador Valadares, iniciou o trabalho de perícia, mas ainda não se pronunciou. 

Integrantes da ocupação mostraram sacos plásticos que dizem terem sido jogados com gasolina sobre os barracos. Neurilane de Souza relata o ataque.

— Foi uma tensão danada. Soltaram bomba no acampamento o tempo todo. 

O advogado do prefeito, Siranides Eleotério, disse que pediu para o cliente fazer fotos da ocupação para incluir na ação em que pedia a reintegração de posse. 

— Pedi a ele que fizesse tomada aérea para anexar [as fotos] ao processo. 

Cerca de 300 pessoas invadiram a fazenda do prefeito no dia 5 de julho alegando que a área é improdutiva. Os ocupantes relataram diversas ameaças e a situação se intensificou na última semana, quando funcionários do prefeito usaram tratores blindados para soltar foguetes na tentativa de expulsar as famílias. O advogado de Genil da Cruz nega as agressões.

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