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quinta-feira, 9 de julho de 2015

'France Football' elege Diego Tardelli como o maior mercenário do futebol

Diego Tardelli é apresentado como reforço do Shandong Luneng, da China, em janeiro(Shandong Luneng/Divulgação)

O atacante Diego Tardelli, que no início do ano trocou o Atlético-MG pelo Shandong Luneng, da China, foi eleito pela revista francesa France Football como o "maior mercenário do futebol mundial desde 2011". A publicação, uma das mais respeitadas do esporte, afirmou que o camisa 9 da seleção brasileira "ama dinheiro e demonstra isso" e é uma "espécie de melhor pedigree" entre os mercenários - termo ofensivo que representa atletas que priorizam a questão financeira e trocam de clube com frequência.

"Eles vão para onde o dinheiro está e não se preocupam com o contexto histórico dos clubes", é a frase que abre a matéria. A revista relembrou as passagens de Tardelli pelo Anzhi, da Rússia, e pelo Al-Gharafa, do Catar, nos últimos quatro anos, e disse que, apesar do sucesso no Atlético-MG, "decidiu refazer sua mala para descobrir a China". De forma irônica, a France Football ainda afirma que o currículo do atleta de 30 anos rivaliza com o dos italianos Francesco Totti e Paolo Maldini, que só atuaram por um clube em suas carreiras - Roma e Milan, respectivamente.

Tardelli é seguido na lista pelo camaronês Samuel Eto'o, que foi seu companheiro de ataque no Anzhi em 2011. Nos últimos anos, o ídolo do Barcelona passou por Anzhi, Chelsea, Everton, Sampdoria e fechou contrato recentemente com o Antalyaspor (modesto clube turco que ainda sonha em levar Ronaldinho Gaúcho). Outro destaque da lista é o francês Nicolas Anelka, que chegou a ser anunciado como reforço do Atlético-MG em abril do ano passado, mas jamais apareceu em Minas Gerais. O atleta de 36 anos defende o Mumbay City, da Índia, onde acumula as funções de treinador e jogador.

Os sete maiores mercenários, segundo a France Football:
1 - Diego Tardelli (Shandong Luneng - China)
2 - Samuel Eto'o (Antalyaspor- Turquia)
3 - Demba Ba (Shanghai Shenhua - China)
4 - Moussa Maazou (Changchun Yatai - China)
5 - Alessandro Matri (Milan - Itália)
6 - Nicolas Anelka (Mumbay City- Índia)
7 - Jirès Kembo Ekoko (Al-Jaish - Catar)
Os concorrentes do futebol

(Foto: Montagem/VEJA)
Euros, dólares e petrodólares
Nas últimas duas décadas, bilionários das mais variadas origens decidiram investir suas fortunas no esporte mais popular do planeta. Alguns obtiveram excelentes resultados, como o russo do Chelsea, ou os árabes de Manchester City e Paris Saint-Germain. Mas há também um histórico de fracasssos, como o da equipe do Anzhi, do Daguestão (uma região separatista da Rússia), que contratou astros como Roberto Carlos e Samuel Eto’o e uma série de talentosos jogadores sul-americanos, mas a fonte secou em menos de dois anos e foi rebaixado no Campeonato Russo.

Cada vez mais, jogadores com grande potencial optam pelo retorno financeiro imediato e abrem mão do êxito esportivo (como se os dois não pudessem coexistir). Emirados Árabes, China e Ucrânia, países com ligas fraquíssimas, são os destinos da moda, inclusive de jogadores de seleção brasileira, como Diego Tardelli, o camisa 9 de Dunga: de 2011 para cá, passou por Anzhi, Al-Gharafa e Shandong Luneng, foi campeão da Libertadores com o Atlético-MG, e se tornou ídolo. Tardelli poderia ter construído toda a sua carreira no Brasil ou em equipes de respeito na Europa, mas preferiu apenas ser um jogador mais rico – e, ajudado pelo cenário atual, conseguiu chegar à seleção brasileira mesmo assim. http://veja.abril.com.br

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