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quarta-feira, 15 de julho de 2015

Em troca de mensagens, empreiteiro da OAS fala sobre suposta ligação com Aécio Neves

Trocas de mensagens do celular do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro interceptadas pela Polícia Federal mencionam "Aécio" e indicam que o executivo teria se reunido com o senador do PSDB em 2012 ao mesmo tempo em que a empreiteira buscava apoio de políticos ligados ao PT para expandir a atuação da empresa na África.

O tucano mineiro admitiu à reportagem que já se encontrou com o executivo, mas disse não se recordar da data especifica citada nas mensagens. Fonte: Estadão Conteúdo

— Quem marcou [o encontro de executivos da empreiteira com o embaixador de Moçambique no Brasil Murade Murargy] foi a Mônica, mulher de Franklin [Martins, ex-ministro da Secretaria de Comunicação do governo Lula]. Segundo ela, seria uma aproximação para 2014. Ele deve coordenar. Disse-me também que os dois [CNO e AG, em referência à Odebrecht e Andrade Gutierrez] estão em pé de guerra. Vou confirmar sua ida. Nesse mesmo horário vou estar com Aécio.

A frase foi dita Leo Pinheiro em mensagem encaminhada no dia 26 de novembro de 2012 ao então diretor superintendente da OAS Internacional Augusto Cézar Uzeda.

A mensagem é a única citação a Aécio nas conversas de Léo Pinheiro que aparece no relatório da Polícia Federal.

A conversa, contudo, não deixa claro o que seria a "aproximação para 2014", ano das eleições presidenciais no Brasil e em Moçambique, ou mesmo por que os executivos teriam marcado o encontro com Aécio no mesmo período em que tratavam com políticos do PT.

A mensagem surge em meio a conversa dos executivos para acertar o encontro de Uzeda com o embaixador de Moçambique, que estava viajando para o Brasil na época. O então diretor da empreiteira pediu que Léo Pinheiro lhe passasse o "histórico do contato".

O ex-presidente da empreiteira responde: "Franklin Martins", e depois diz: "Ok. Tem o Brahma [no] meio", em referência ao ex-presidente Lula. Na conversa eles relatam que o então embaixador de Moçambique teria contribuído para a atuação de outras empresas brasileiras no país africano.

A Polícia Federal não atribui no relatório nenhuma suspeita sobre o tucano nem sobre Lula.

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou, por meio de nota, que Léo Pinheiro é um empresário conhecido. "O senador já esteve com ele, mas não sabe se nessa data específica", disse, Augusto Cesar Uzeda, que não trabalha mais na OAS, e Léo Pinheiro não quiseram comentar o caso. 
Foto: George Gianni/Divulgação / Fonte: Estadão Conteúdo

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