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quarta-feira, 20 de maio de 2015

Site permite identificar pessoas enterradas como desconhecidas

Os cartórios de registro civil lançam, na quarta-feira (20), um site que permite pesquisar e identificar pessoas que foram enterradas como desconhecidas. É a Central Nacional de Óbitos de Pessoas Não Identificadas. Até setembro todos os cartórios do Brasil devem estar interligados. O serviço vai ajudar a dar uma resposta a muitas famílias que buscam pessoas desaparecidas. 
No ano passado, 27.970 pessoas desapareceram no estado de São Paulo. A maioria dos casos foi esclarecida, mas 4.852 ficaram sem solução. Muitas vezes, as famílias esperam anos por esse esclarecimento. Uma resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pode ajudar a encerrar essa busca. O CNJ determinou a criação de um cadastro nacional para informar sobre as pessoas que morreram e foram enterradas sem identificação. A base de dados tem o registro de 53 mil óbitos de desconhecidos. O serviço está sendo lançado pelos cartórios de São Paulo e de mais oito estados e vai ficar disponível na internet. No site, a busca é feita informando o estado, a cidade, o sexo, a cor da pele e idade do desaparecido. Para cada resultado da pesquisa é possível pedir no cartório ou no próprio site uma certidão de óbito. Essa certidão traz dados que constam no boletim de ocorrência feito pela polícia e podem ser importantes para a família do desaparecido.“A roupa que a pessoa estava usando naquele dia, se ela tem uma tatuagem consta no BO, às vezes estatura. E se achar que tem algo parecido com aquela pessoa, com idade ou o tempo que ela apareceu, vai até o cartório onde está o registro e a partir daí começa a fazer buscar na polícia, porque tem BO no registro, tem todos os dados anteriores”, explica Raquel Silva Cunha Bruneto, oficial de registro civil.
Até setembro deste ano os cartórios de todos os estados deverão participar dessa base de dados. “Ela pode conseguir identificar pessoa e mudar esse óbito. Fazer retificação e ter todos os direitos decorrentes do falecimento de alguém e saber que a pessoa realmente faleceu”, afirma Raquel.

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