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sábado, 9 de maio de 2015

Aprovação do ajuste fiscal tem preço: aliados querem cargos no Executivo

A semana termina com uma vitória do governo no Congresso Nacional: a aprovação da medida que torna os critérios para concessão de benefícios trabalhistas mais rígidos. Mas essa vitória teve um preço. Deputados aliados do governo querem cargos no Executivo.

A votação do ajuste fiscal foi tensa e longa. O placar foi apertado para o governo: 252 votos a favor e 227 contra. Desses, 83 foram votos de aliados que não atenderam aos apelos do governo. A conquista dos votos favoráveis foi demorada. Às vésperas da votação foram várias reuniões. Ministros participaram de muitas. Uma marcação cerrada com parlamentares.

O vice-presidente Michel Temer tomou vários cafés da manhã e até almoçou com a oposição. Virou o voto de oito parlamentares do oposicionista DEM, que até fotografaram o encontro.

O deputado Danilo Fortes foi um dos aliados que votaram contra a medida. Segundo o Palácio do Planalto, ele tinha indicado seis nomes para o governo, mas não foi atendido. Admitiu que houve um troca-troca e citou uma conversa do PMDB com o líder do governo, o petista José Guimarães.

“Ele se colocando como a resolução para as pendências em relação à liberação de cargos, inclusive colocando o reconhecimento dos parlamentares no apoio ao governo demonstraria uma gratidão posterior do governo no atendimento às demandas daqueles parlamentares”, disse Danilo Fortes.

Nem todos admitem. No próprio PMDB, o líder do partido na Câmara, Leonardo Picciani, disse que não houve nenhuma exigência. Segundo ele, as nomeações fazem parte de um movimento natural para concluir a montagem do governo.

O governo não fala em troca-troca, mas logo depois da vitória o vice-presidente disse claramente que quem votou a favor do ajuste vai sim ter mais espaço no governo.

“Quem ganhou a eleição, quem apoiou o governo, quem ajudou a presidente Dilma vai governar junto. Governar junto significa participar maiormente ou minimamente das funções de governo”, afirmou Michel Temer.

E o governo tem muito espaço, muitos cargos para serem ocupados. Em empresas públicas, agências reguladoras, nos ministérios. Já nos próximos dias vai começar a distribuição dos cargos. Pelo menos 100 nomes deverão estar no Diário Oficial. E a pressa é uma das exigências dos aliados, e eles têm nas mãos a próxima votação ainda dentro do pacote de ajustes. Fonte: Com informações do G1*Por: Marilia Bezerra*http://180graus.com

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