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domingo, 5 de abril de 2015

Distribuidoras de energia elétrica preveem mais notícias ruins a partir do dia 15; querem repassar perdas na energia aos consumidores

As distribuidoras de energia elétrica preveem mais notícias ruins a partir do dia 15. É nessa data que começam a vencer as primeiras contas de energia elétrica com as cobranças das bandeiras tarifárias mais altas e os reajustes extraordinários elevados (por causa do aumento do consumo e do uso da energia mais cara das usinas termelétricas). Fonte: Com informações do O Globo

O medo é que as contas mais altas provoquem uma disparada na inadimplência. Para se precaver, as distribuidoras vêm articulando uma estratégia, que já está em estudo dentro do governo, para repassar às tarifas as perdas causadas pelo percentual maior de inadimplência, ou seja, é mais uma fatura extra que pode acabar sendo paga pelo consumidor. 

Hoje, em média, 0,7% do valor total das contas destina-se a cobrir essas perdas esperadas, segundo a Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee). O presidente da entidade, Nelson Leite, explica que os prejuízos das empresas com a inadimplência ficaram maiores por causa do aumento das tarifas e da manutenção do valor absoluto do retorno das distribuidoras com a atividade.

CUSTOS MAIORES
Segundo Leite, com a crise de energia, as distribuidoras ficaram com custos maiores. Por isso, mesmo com os reajustes extras, a parcela de lucro líquido das distribuidoras caiu de 9% da receita total para 6%. Portanto, o risco da inadimplência passou a pesar mais. É como se, todo mês, uma pessoa emprestasse dinheiro para um conhecido, mas, em algum momento, passasse a ceder um valor maior, embora seu salário se mantivesse rigorosamente o mesmo. Com isso, se a outra pessoa desse calote, seu prejuízo seria proporcionalmente maior.

— Estamos preocupados. É importante rever o critério de inadimplência regulatória, porque agora há um nível muito baixo aceito pelo regulador. Mesmo que ela fique no mesmo nível de antes, seu impacto agora será maior para nós — afirma o presidente da Abradee.

Dados da entidade mostram que, no ano passado, 13% das contas estavam atrasadas em 30 dias, e 2,8%, em 90 dias. Ambos os indicadores apresentavam queda progressiva desde 2012, quando o governo federal determinou redução média de 20% nas tarifas de energia. O percentual de 0,7% de calote considerado na composição das tarifas leva em conta o que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) considera como receitas irrecuperáveis, ou seja, contas atrasadas além de 90 dias e enviadas para empresas de cobrança.

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